Requerimento para multar Sabesp é aprovado por vereadores

A Câmara de Taubaté, aprovou ontem, 15 de outubro, o requerimento do vereador Alexandre Villela (PMDB), para que sejam aplicadas multas à Sabesp. Segundo o vereador, as penalizações seriam pela falta de manutenção das redes de distribuição de água e vazamentos que acontecem diariamente.

No requerimento, Alexandre afirma que o principal motivo de desperdício de água é causado pelas redes antigas, cujas tubulações não resistem à pressão e devem ser trocadas aos poucos. Com isso, a perda de água chega a 40%.

“No final do ano passado, o governador [Geraldo Alckimin (PSDB)] disse que iria multar quem fizesse uso inadequado da água. Eu concordo, é um bem que vai acabar daqui a pouco, mas não podemos admitir que tenhamos vazamentos de quatro dias sem solução. A gente liga no 0800 da Sabesp, e nada. Isso vem acontecendo constantemente. A gente tem que tomar providência” expôs o parlamentar.

O vereador Jeferson Campos (PV), citou a seca nas represas e o racionamento de água que ocorre em cidades como Campinas. “Infelizmente, a presidente [Dilma Rousseff (PT)] resolveu tratar a água como negócio, e agora vamos entrar num verão seco, e a tendência é piorar. Eu me posiciono contra o projeto do governador de levar água da represa do Jaguari para o sistema Cantareira, está uma situação crítica em nossa região.”

O parlamentar João Vidal (PSB) apontou estudos, indicando que as perdas da Sabesp são capazes de abastecer por um ano duas cidades do tamanho de Taubaté. “Desta perda, 10% são do cidadão. Quem mais desperdiça é a agricultura, mas o cidadão contribui com 10%. É urgente a gente preservar água, vai faltar. Adie a lavagem do carro e da calçada. Temos que pensar em alternativas, e demorou a obrigarmos que as construções sejam ecologicamente sustentáveis.”

O tucano “Digão” (PSDB), afirmou que havia um descaso da companhia de abastecimento quanto aos vazamentos ocorridos na rede. No passado, havia casos que demoravam 15 dias para serem consertados, e a Sabesp faz remendos mal feitos no asfalto, sem a devida compactação da terra, o que prejudica a tubulação.