PESQUISA DO NUPES Economia

Última cesta básica de 2014 registra alta de 1,20%

Pesquisa do Nupes mostra que preço dos alimentos subiu até 9,40% com relação à 2013; percentual é superior à inflação oficial brasileira anual


Em 12/01/2015 14:35 por redação/ Guia Taubaté



O feijão carioquinha, tão comum na mesa dos brasileiros, foi o alimento que mais encareceu na cesta básica em dezembro de 2014. Isso é o que revela a pesquisa mensal do Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais (Nupes) da Universidade de Taubaté (Unitau), que apontou um aumento de 1,20% na cesta no Vale do Paraíba.

Em Taubaté, a alta foi de 1,21%, quase a mesma que a registrada em escala regional. A cesta, que em novembro valia R$ 1.229,18, passou a custar R$ 1.244,08.

Entre as cidades onde a pesquisa foi realizada (São José dos Campos, Caçapava e Campos do Jordão), Taubaté tem a segunda cesta mais barata, perdendo apenas para Caçapava, que apresentou custo de R$ 1.229,86.

Além do feijão carioquinha, que apresentou alta de 29,62% na cidade, os outros alimentos que mais sofreram aumento em dezembro foram o tomate (11,15%) e a laranja pera (8,77%). Já os que ficaram mais baratos em Taubaté foram a banana nanica (-12,90%), o sal (-7,54%) e a farinha de mandioca (-2,77%).

De acordo com os especialistas do Nupes, o clima seco em várias regiões produtoras do feijão carioquinha e a redução da área plantada do produto são as razões da elevação do preço do produto neste mês.

Batata lidera aumento anual

Com relação à cesta de dezembro de 2013, a cesta de 2014 está até 9,40% mais cara. O percentual é maior do que a inflação oficial brasileira anual que foi de 6,41%, segundo o IBGE.

O produto que mais encareceu no último ano foi a batata (61,32%). De acordo com dados do CEPEA/USP, a estiagem prolongada nas principais regiões produtoras e a redução na área plantada em 9% são os principais fatores para o aumento.

Já o produto que liderou os que mais baratearam em 2014, está a mandioca. Segundo os especialistas, os motivos para a queda no preço seriam o realinhamento de preços em relação a 2013 e o aumento da produção nordestina com a volta das chuvas.

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