Vendas de Dia das Mães devem ser modestas, aponta estudo

Um estudo divulgado pelo Sincovat revela que as vendas do comércio para o Dia das Mães, celebrado este ano no dia 10 de maio, devem ser mais modestas, se comparada ao dos últimos anos.

A menor oferta de crédito, os juros altos, a inflação elevada e as incertezas relacionadas ao mercado de trabalho devem fazer com que pais e filhos sejam mais cautelosos na hora da compra do presente.

De acordo com cenário traçado pela Fecomercio-SP, repassado ao Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região, as famílias estão mostrando pouca disposição para contrair novas dívidas, como tem mostrado o Indicador de Demanda por Crédito do Consumidor da Boa Vista SCPC.

As sondagens apontam que os itens que devem ser mais vendidos para a data são: vestuário, perfumes e cosméticos, flores, calçados, bolsas e acessórios, joias e bijuterias, eletrodomésticos (forno micro-ondas, ar-condicionado, liquidificador e fogão) e eletrônicos (celular, tablete e televisão).

Entre os presentes que não aparecem como uma boa opção diante da alta do dólar são os perfumes e cosméticos importados. Embora o preço desses itens tenham subido menos do que a inflação nos doze meses encerrados em março, eles registraram altas expressivas em fevereiro e março, influenciados pela valorização da moeda americana.

Dessa forma, pais e filhos provavelmente evitarão a compra de itens desses segmentos e os presentes tendem a se concentrar em roupas, calçados, bijuterias, bolsas, acessórios e flores.

O presidente do Sincovat, Dan Guisnburg, afirma que as últimas datas comemorativas do comércio evidenciam um consumidor mais cauteloso com o seu orçamento e mais maduros em suas tomadas de decisões de consumo.

“Apesar do atual cenário, a data pode representar uma oportunidade para o setor recuperar as vendas, visto que é o melhor período de vendas do primeiro semestre, e no ano fica atrás apenas do Natal. Mesmo com uma expectativa de tíquete médio menor, dificilmente um filho deixa sua mãe sem presente”, comenta Guinsburg.