NOS ESTADOS UNIDOS Educação

Aluna de Taubaté participa de Fórum da ONU

Estudante de Comércio Exterior foi uma das 70 selecionadas em concurso com 3.500 concorrentes para definir o novo Plano de Metas do Milênio


Em 30/06/2015 15:53 por redação / Guia Taubaté



Estudante do quinto semestre de Comércio Exterior da Universidade de Taubaté, Aline Moniela Resende de Aguiar, foi selecionada para participar do Fórum da Juventude que é organizado pela ONU (Organizações das Nações Unidas).        

A aluna, que está entre os 70 selecionados, concorreu com cerca de 3.500 estudantes de 42 países. Aline participará dos debates em julho, para definir o novo Plano de Metas do Milênio.        

Apaixonada por línguas, Aline percorreu um longo caminho para chegar no seu objetivo. Começando com o inglês, a estudante fez um intercâmbio para Vancouver, no Canadá, onde além do inglês, também se aproximou no francês. Quando voltou para o Brasil, seus pais optaram pelo curso de espanhol. Aline fez o curso no Brasil, mas diz que só aprendeu realmente o idioma quando fez seu intercâmbio para o Chile.        

Terminado o curso de espanhol, decidiu iniciar o curso de francês. “Fiz um curso particular com um professor nativo e aprendi bem rápido”, conta. Apaixonada pelo idioma, queria fazer um intercâmbio para a França e começou a guardar dinheiro para realizar seu sonho. Na época ela pensava em fazer um curso como os outros que já tinha feito, mas conseguiu algo ainda melhor.        

Já cursando Comércio Exterior, na Unitau, começou a fazer estágio em um escritório pequeno de uma empresa francesa, em São José dos Campos. Após nove meses, conseguiu transferir seu estágio e concluir os últimos três meses na sede da empresa, em Baiona, na França, no fim do ano passado.

 Quando terminou o período de estágio na França, Aline teve duas semanas de férias e aproveitou para ir a Genebra, na Suíça, conhecer o palácio da ONU. “Lembro que fiquei parada em frente ao palácio, tirei fotos, vi as bandeiras, mas era domingo e não estava aberto para visita”, relata a estudante.           

Dois dias após chegar em território brasileiro, começou a pesquisar sobre oportunidades de estágio, trabalho ou programas que poderia leva-la até a ONU e se inscreveu para o concurso cultural de redação da ONU “Many Languages, One World”. Na sua segunda edição, o concurso promove o multilinguismo e a criação de cidadãos globais, destinado a estudantes universitários e busca discutir ideias e soluções para o novo Plano de Metas do Milênio.

Para se inscrever, Aline precisava de um tutor que a indicasse. Procurou o Prof. Me. Marco Antônio Moreira Ortiz, coordenador do curso de Comércio Exterior da sua universidade, que possibilitou a sua participação no concurso.  Assim que foi inscrita, o próximo passo era produzir a redação em um dos seis idiomas da ONU (árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo). Como havia acabado de voltar da França e praticado bastante o idioma, resolveu escrever em francês. “Alémdisso, são estudantes do mundo todo participando e pensei que haveria menos concorrência que o inglês e espanhol”, conta a aluna. Para se preparar ainda melhor, ela leu todos os textos em língua francesa que encontrou dos últimos vencedores.     

O tema sugerido era apresentar uma relação entre o desenvolvimento sustentável global e o multiculturalismo e multilinguismo. Aline quis fugir do tradicional abordado, como a fome na África ou a deficiência na educação no mundo. Pensando nisso, buscou um assunto diferente e que tivesse a ver com ela, para que tivesse prazer durante a pesquisa e escrita. “Abordei a migração e a mentalidade das pessoas. Quis dizer que o mundo foi globalizado, mas a sociedade não está preparada para conviver com pessoas de origens diferentes, o que gera preconceito e exclusão social”, explica.    

Com exemplos recentes, como o ataque ao jornal Charlie Hebdo e a constante luta do partido político Front National pelo fechamento das fronteiras francesas, o texto levou cerca de dois meses para ficar pronto e incluiu muito mais pesquisa do que Aline pensou que precisaria. “A melhor parte do trabalho foi ter aprendido muito sobre desenvolvimento global e ter melhorado meu francês ao pesquisar um vocabulário mais específico”, ressalta. Como solução ao problema dado no texto, a aluna sugeriu a criação de políticas públicas de migração que protegessem o imigrante.           

O terceiro passo foi o envio dos documentos que pudessem comprovar seu vínculo com a universidade e a carta de recomendação escrita pelo seu professor tutor. Depois disso, Aline teve uma entrevista por Skype em francês com um linguista do Centro de Linguística de San Diego, aprofundando os temas aprofundados em sua redação. Depois de todos os passos concluídos, o resultado positivo saiu em três semanas, onde a aluna recebeu a notícia no último dia 12. “Nunca pensei que poderia conseguir! Estou muito feliz e acredito que seja uma ótima oportunidade para fazer contatos”, conclui a aluna.

Os 70 selecionados vão passar, entre os dias 20 e 26 de julho, por uma programação cultural em Nova York e participarão de um programa preparatório na Adelphi University. Durante essa semana, os participantes se dividirão em grupos, que debaterão temas para buscar soluções, de acordo com o idioma escolhido. Os resultados serão apresentados na Assembleia Geral. 

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