ABC X TCTAU Politíca

Vereadores questionam proposta de integração do transporte público

Parlamentares realçaram preocupação com risco de extinção do serviço prestado pela TcTau; presidente da Câmara, Digão afirma que projeto deve ser aprimorado


Em 26/08/2015 10:18 por redação / Guia Taubaté



Na última segunda-feira, 24 de agosto, a Câmara de Taubaté realizou uma audiência sobre a possibilidade de integração do transporte coletivo. A Prefeitura, na oportunidade, apresentou um projeto que prevê, que do total de 22 linhas em operação no município, 15 sejam operadas pela ABC Transportes e sete pela TcTau (Transporte Coletivo de Taubaté).

Presidente da comissão de estudos sobre o transporte, Joffre Neto (PSB) destacou a preocupação com o risco de extinção do transporte complementar realizado pelo TcTau, apontando como mecanismo de extinção a determinação de um ano para que se organizem.

“Se não houver ação da Prefeitura, que permita colocar permissionários em conjunto, é uma forma de extinção indolor, e ainda, com a culpa dos permissionários, que serão acusados de que não tiveram competência para se organizar”, afirmou o parlamentar.

Já o presidente da Câmara e responsável por conduzir a sessão da última segunda-feira, Digão (PSDB), afirmou que a Casa terá “fundamental importância para aprimorar esse projeto e contemplar o transporte alternativo que vai passar a ser único, com linhas próprias e com padrões a serem seguidos”, ressaltando a importância desta medida para a evolução do transporte.

Usuário do sistema de transporte, Clebion Miranda reivindicou a criação do Conselho Municipal do Transporte Coletivo.

Representante do TcTau, Silvana Fontes fez críticas ao projeto. “Quando o TcTau tem condições de comprar ônibus reserva? Se amanhã eu pegou um bairro e meu carro quebra, quem vai no meu lugar? Se não consigo manter a manutenção de uma van, consigo comprar dois ônibus? É realmente um transporte para o povo? Ou é um transporte que a ABC está permitindo acontecer?”, indagou.

Para o consultor da Prefeitura para elaboração do projeto, Marcos Bicalho, a proposta é a estruturação dos serviços em uma rede única e integrada, não mais concorrencial, com inserção dos operadores do Tctau no sistema de bilhetagem eletrônica e nova forma de organização (pessoa jurídica).

Os permissionários terão que operar das 5h às 24h e dispor de frota reserva. Fica proibido o acúmulo de permissões, a operação será em dois turnos, com possibilidade de operação compartilhada do carro e de motorista auxiliar, haverá obrigatoriedade de cobrador e o compromisso de reorganização como pessoa jurídica no prazo de 12 meses. O veículo deve ser micro-ônibus de duas portas, de uso exclusivo, com validador do sistema de bilhetagem, catraca e sistema GPS.

A secretária de Mobilidade Urbana, Dolores Pino “Lola”, afirmou que o transporte complementar entrará como uma segunda empresa na operação do transporte coletivo. “É um sistema único, e os transportadores vão se qualificar e operar com excelência. É fato que queremos manter esse sistema, tanto que o prazo de concessão que vai ser dado na licitação é o mesmo que foi dado à empresa de ônibus. O tratamento está sendo feito da mesma forma como quando houve licitação da empresa em 2009.”

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