Julgamento de Ortiz Junior é adiado pela 3ª vez
Como novo pedido de vistas pelo Tribunal Superior Eleitoral, processo deve continuar só em fevereiro de 2016, após recesso do TSE
Em 18/12/2015 16:29 por redação/ Guia Taubaté
O prefeito Ortiz Junior (PSDB) e o vice-prefeito Edson Oliveira (PSD) continuam no cargo pelo menos até fevereiro de 2016. Nesta sexta-feira, 18 de dezembro, pela terceira vez em oito dias, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adiou a decisão sobre a cassação do mandato dos dois políticos, acusados por abuso de poder econômico e político na campanha eleitoral de 2012.
O ministro Luiz Fux pediu vistas do processo após uma explanação do relator Herman Benjamin, que citava as principais provas do processo.
Nos dias 10 e 17 deste mês, os ministros Henrique Neves e Herman Benjamin, respectivamente, já haviam feito o pedido de vistas do processo.
Como essa foi a última sessão do ano no TSE, o julgamento só poderá ser retomado a partir de fevereiro de 2016, com a volta do recesso no Tribunal Superior Eleitoral.
Até o momento, apenas o relator Herman Benjamin votou favorável à cassação de Junior e Oliveira. Os ministros Henrique Neves e Gilmar Mendes optaram em votar contra a saída dos políticos do poder em Taubaté.
Outros três ministros – Luiz Fux, Luciana Lóssio e Maria Thereza de Assis Moura – devem votar na volta do julgamento.
Caso FDE
Para o Ministério Público, Ortiz Junior, então candidato à prefeitura em 2012, teria influenciado o pai, Bernardo Ortiz, a fraudar licitações para compra de mochilas na Fundação para o Desenvolvimento Educacional (FDE), órgão ligado ao governo do Estado, onde Bernardo era presidente na época.
Com o suposto desvio de recursos, a campanha do tucano teria sido beneficiada. As empresas beneficiadas pela fraude teriam oferecido ‘comissão’ em troca do benefício. Para a promotoria, a campanha de Ortiz teria arrecadado cerca de R$ 8 milhões. Junior foi eleito no segundo turno, com 62% dos votos válidos.