Sindicato promove paralização bancária

Na manhã dessa terça-feira, 18 de setembro, funcionários dos bancos de Taubaté, orientados pelo Sindicato dos Bancários, deram início a uma greve, por tempo indeterminado.

Bancos vinculados ao governo, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal aderiram à paralização imediatamente. Os bancos privados permanecem em funcionamento, porém o sindicato garantiu que negocia a paralização total das unidades.

O principal objetivo dos sindicalistas é reivindicar o reajuste salarial em 10,25%. No dia 28 de agosto, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) frustrou a expectativa dos que esperavam um aumento, apresentando apenas 6%.

A entidade não apresentou novas propostas, forçando o Comando Nacional dos Bancários a orientar os sindicatos, na última quarta-feira, 12 de setembro, pela paralização das agências.

Segundo Valdir Machado, diretor do sindicato em Taubaté, o protesto foi motivado pela postura que os bancos tomaram na mesa de negociação.

“Os bancários estão cruzando os braços, em protesto, para que os banqueiros possam dar uma resposta, contemplando as nossas reivindicações”, disse o sindicalista.

O tempo é indeterminado para o fim da greve, principalmente pelo fato da Fenaban não ter entrado em contato com o Comando Nacional até o momento.

“Não houve nenhum contato do dia 12 até o dia 17, então o que apontamos foi que a greve é por tempo indeterminado até que uma proposta seja plausível de ser apreciada em uma nova assembleia”, disse Valdir.

Opinião popular
A população, principal afetada pela greve, divide opiniões sobre a decisão tomada pelos bancários. Muitos reclamam da falta de opções que encontram com o fechamento dos bancos.

“Não é normal, esses dias mesmo os bancos pararam. Complica muito a situação do povo, por causa dos pagamentos. Os bancos já deviam abrir no horário normal das lojas, mas abre às 11h, o horário de almoço é 12h, complicando tudo, formando fila, gerando desconforto para população”, disse Jorge Tarcísio.

Outros incentivam a decisão tomada pelos funcionários. “O problema é ter que enfrentar fila na casa lotérica, já que nós [aposentados] não usamos internet. Mas não tiro razão deles, porque quem lucra de verdade são apenas os banqueiros, reivindicações são necessárias mesmo”, opinou Geraldo Ramos.

Fenaban lamenta atitude de grevistas
Em nota oficial lançada hoje a Fenaban (Federação Nacional os Bancos) lamentou a atitude tomada pelos sindicatos. A entidade acredita no diálogo, como forma de aproximação das expectativas na mesa de negociações. Com isso, pretende alcançar os entendimentos necessários, para um acordo justo entre bancos e bancários.