Coletivo inaugura exposição no Solar da Viscondessa

O Coletivo Anartista inaugurou ontem, dia 18 de novembro, a terceira exposição do grupo no Solar da Viscondessa, em Taubaté. A mostra, que apresenta ideias mais concisas e maduras com relação aos trabalhos anteriores, recebeu o nome de Antropofagia Urbana.

“O nome surgiu depois de uma pesquisa, depois de a gente chegar à conclusão de que o modo que a gente produz se assemelha à Antropofagia. Das práticas indígenas até o ritual da Antropofagia da Arte Moderna, de Oswald de Andrade. A gente absorve as referências, absorve um ao outro, a rua, todo o cenário urbano e devolve pra sociedade, pra galeria, pra rua de uma maneira produtiva e cultural”, conta Aron Pereira, membro do grupo.

Neste ano, o coletivo buscou a simplicidade como forma de atingir o público. “A gente procurou fazer trabalhos mais resumidos, com mais ênfase, mais agudos. Ideias simples, procurar mais o óbvio e também o amadurecimento do trabalho”, comentou Marck Mendonça, artista do coletivo.

Os temas absorvidos e aplicados no trabalho vão de assuntos locais a questões sociais a nível global. “A gente pega temas regionais, temas do mundo, o que está acontecendo. Por exemplo, o crack, os refugiados da Síria, temas de Taubaté. Eu busco unir o belo à crítica social”, disse Aron.

O evento de ontem contou com a apresentação da banda Capitão Além e do músico Mario Gascó. A exposição Antropofagia Urbana permanece aberta até o dia 26 de novembro, no Solar da Viscondessa, que fica na Rua XV de Novembro, número 996, na Praça Doutor Monteiro.