PESQUISA DO NUPES Economia

Feijão e abobrinha puxam maior alta da cesta básica em dois anos

Pesquisa mensal do Nupes mostra variação de 3,28% nos supermercados da região; “vilões” sofreram com clima e entressafra


Em 11/07/2016 11:16 por redação/ Guia Taubaté


Feijão e abobrinha puxam maior alta da cesta básica em dois anos
Abobrinha e feijão carioquinha foram os produtos que mais encareceram nos supermercados da região (FOTO: Arte/reprodução)

A cesta básica na RM Vale apresentou a maior alta desde março de 2014. De acordo com a pesquisa realizada mensalmente pelo Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais) da Unitau, no mês de junho a cesta de uma família-padrão brasileira com 5 pessoas e poder de compra de 5 salários mínimos vigentes (R$ 880) foi de R$ 1.533,16, correspondendo a um aumento de 3,28% em relação ao mês de maio (R$ 1.484,45).

Esse foi o maior acréscimo registrado desde março de 2014. Naquele mês, a cesta básica teve variação de 3,81%.

Entre as quatro cidades onde a pesquisa foi realizada, Taubaté foi a que apresentou a maior variação (3,34%), mas segue tendo o valor mais baixo, de R$ 1.527,52. Os alimentos que mais puxaram a alta nos supermercados do município foram a abobrinha (75,05%), o feijão carioquinha (66,69%) e o leite em caixa (15,86%).

Principal destino turístico da região no inverno, Campos do Jordão manteve o posto de cesta mais cara na pesquisa. Após apresentarem um acréscimo de 3,24%, os supermercados da cidade aparecem com custo médio de R$ 1.539,93. Chamou a atenção nos dados apresentados pelo estudo, o encarecimento de 243,89% no valor da abobrinha no município.  

De acordo com a pesquisa do Nupes, os “vilões” da cesta básica de junho sofreram com o clima. No período de entressafra, a abobrinha teve a produção reduzida e, consequentemente, o aumento do preço nos supermercados da região. Um dos produtos mais populares do país, o feijão carioquinha teve a qualidade do grão prejudicada pelo clima. Além disso, a soja ocupou espaços de plantações, e o Brasil passou a importar o produto na tentativa de suprir a demanda. No entanto, quase nenhum outro país produz feijão carioquinha. Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a safra irrigada do feijão, que começa em julho, pode começar a normalizar a oferta. 

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