Comerciantes de Taubaté mostram adaptações no primeiro mês após flexibilização

Medidas precisaram ser adotadas após início do “Plano São Paulo”, no início de junho


Em 01/07/2020 12:41 por Mário Pereira


Comerciantes de Taubaté mostram adaptações no primeiro mês após flexibilização
Cantina adotou medidas de higiene e de isolamento entre seus funcionários (FOTO: Reprodução/ Facebook)

A retomada do comércio em Taubaté e em grande parte das cidades do estado de São Paulo segue dividindo a opinião de munícipes. O motivo: os riscos com a maior circulação de pessoas nas ruas e o consequente aumento de casos do novo coronavírus. Em meio às discussões e dúvidas sobre a pandemia, empresas começam a se adaptar ao que vem sendo chamado de “novo normal”.

É o caso, por exemplo, de uma concessionária de motocicletas localizada na Av. Independência, que chegou a ficar 15 dias fechada após decretos municipal e estadual. Desde a chamada “retomada consciente”, definida pelo Governo do estado de São Paulo, a empresa vem respeitando as medidas de higiene e de distanciamento social para manter o atendimento ao público.

“Como nossa loja já é novo padrão da fábrica, não precisamos mudar muito, mas alocamos dispenser de álcool em gel, que está em toda parte de show-room, placas de obrigatoriedade do uso de máscara, corrente de isolamento e controle de acesso. Há higienização dos produtos diariamente”, afirma Pedro Santana, supervisor da concessionária.

Ele ainda ressalta que com uma retomada controlada, a recuperação no mês de junho pode ser classificada como “considerável e satisfatória”, até mesmo com novas contratações.

A flexibilização da quarentena no mês de junho permitiu a retomada de setores como comércio, shoppings, concessionárias e escritórios. Outros setores aparecem somente nas próximas fases da “retomada consciente”, do Governo do Estado de São Paulo, como bares, restaurantes e salões de beleza.

Gerente de um empreendimento do setor gastronômico, que funciona apenas com atendimento delivery, Wagner Brito não teve o serviço diretamente afetado após a publicação dos decretos. Apesar disso, ele sentiu o aumento da concorrência devido as restrições dos restaurantes que funcionam com atendimento presencial.

“As vendas caíram muito, mesmo em delivery, porque todos os restaurantes passaram a fazer entregas também. Além de todos os restaurantes fazendo entrega, muitas pessoas dentro de casa começaram a fazer comida e entregar na sua região. Em bairros muitas pessoas estão fazendo comidas, lanches, pastéis, porções, salgadinhos, cada um se virando como pode”.

Assim como todas os estabelecimentos, a cantina também adotou medidas de higiene e de isolamento entre seus funcionários. Fazendo o chamado “dever de casa”, Wagner Brito espera contar com apoio dos governantes neste primeiro momento de retomada.

“Não tem como fazer estratégia sem dinheiro, sem recurso público e sem apoio do governo. Você consegue fazer estratégia com capital de giro, o que não é o nosso caso, então a situação é crítica”, afirmou Wagner, que completa: “Os governos, principalmente o municipal, devem interceder para os restaurantes na área de alimentação por meio de associações. Se não vier um recurso para essas pessoas se restabelecerem, teremos um caos. Hoje todo mundo vende comida no interior, em toda rua, então eu penso que vai ter que ter um planejamento junto ao município”.

O gerente da cantina pede solidariedade a empresários e políticos neste momento de incerteza para as atividades econômicas: “As pessoas têm que dar as mãos. Não está na hora de fazer política. Está na hora do político se aproximar do comerciante, do comerciante se aproximar do político e todo mundo se unir. Esquecer popularidade e pensar em resultado”.

A cidade de Taubaté e toda a RMVale seguem na segunda fase do Plano São Paulo, pelo menos até o dia 14 de julho. Há expectativa de alguns setores para que o governador João Dória (PSDB) flexibilize ainda mais as atividades, com o início da Fase 3. Apesar disso, o chefe do Palácio dos Bandeirantes já voltou atrás no processo de reabertura em algumas regiões do estado, como Campinas e Registro, após o aumento considerável de casos da Covid-19.

Associações e entidades ligadas ao comércio já divulgaram cartilhas e diretrizes para que sejam cumpridas as determinações impostas pelo Governo de São Paulo e pela Prefeitura de Taubaté. Na última semana, a administração municipal anunciou medidas para melhorar o isolamento social e a adoção de medidas de higiene.

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