Com impasse sobre o vale-alimentação, funcionários da Alstom entram em greve em Taubaté

Os funcionários da empresa Alstom, indústria do setor de transporte ferroviário, entraram em greve na manhã desta segunda-feira (1º), na planta de Taubaté, no interior de São Paulo.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), que representa a categoria, a paralisação é devido a um impasse sobre o valor no vale-alimentação, que está sendo implantado na empresa.

O sindicato cita que já fez cinco reuniões com a empresa para discutir o valor do benefício e que a empresa “se negou a chegar ao valor reivindicado pelos trabalhadores e trabalhadoras”.

A entidade afirmou ainda que levou o tema na Justiça, mas, mesmo assim, não houve acordo com a Alstom.

Ainda de acordo com o sindicato, será feita uma assembleia sobre o assunto com os trabalhadores na manhã desta segunda-feira.

Em nota, a Alstom lamentou a paralisação parcial das atividades em Taubaté e disse que "a Companhia realizou diversas tentativas de negociação, mas tem a responsabilidade de tomar decisões que assegurem os mais de 1.400 empregos que gera no Brasil hoje".

Ainda segundo a empresa, a Alstom "entende que as reivindicações apresentadas pelo sindicato ultrapassam o que é possível atender com responsabilidade e visão de longo prazo" e que "a empresa apresentou propostas compatíveis com a sustentabilidade da operação em Taubaté, incluindo reajuste do PLR acima da inflação e a implementação de um novo benefício de vale-alimentação".
 
Por fim, a Alstom afirmou que "espera avançar em um entendimento equilibrado para todos, de forma a viabilizar a retomada total das operações da unidade o mais breve possível".

Em Taubaté, a Alstom conta com cerca de 700 trabalhadores e está instalada desde 2015.

A empresa é uma multinacional francesa e atua em cinco cidades do Brasil produzindo, principalmente, trens e VLPs, com produtos e serviços para atender o Metrô São Paulo, Metrô do Rio de Janeiro, Metrô de Porto Alegre, Metrô de Fortaleza, Metrô de Recife, Metrô de Brasília e o VLT do Rio de Janeiro, por exemplo.