Será que estou estressado?

Preocupa-me o número de casos que vejo no consultório, de pessoas que se queixam em não saber como lidar com o(a) amigo(a), namorado(a), marido, esposa, porque o indivíduo chega a assustar! E aí vem uma vontade imensa de largar tudo. Sabe por que? Porque todos nós estamos sujeitos a isso.

Vamos lá, por gentileza, pare, pense e responda a si mesmo: Sabe aquelas discussões intermináveis que você insiste em ter, normalmente dentro da sua casa, somente pelo prazer de dar a última palavra? Ou quando qualquer coisinha é capaz de tirá-lo(a) do sério e você “explode” descarregando uma carga nitidamente exagerada de energia em algo que nem merece tanta atenção? Isso pode ser sinal de que VOCÊ está estressado(a). E, portanto, está correndo o sério risco de minar todos os seus relacionamentos.

Sim, porque é natural que, de vez em quando, você, eu, qualquer um de nós, fique irritado mediante alguma circunstância. Outra coisa bem diferente é ser uma bomba-relógio ambulante, que nunca sabe quando e com qual intensidade irá explodir. Imagina o quão difícil é para as pessoas que convivem com indivíduos assim! Vivem pisando em ovos.

Isso porque o estresse está diretamente relacionado com as pessoas e o ambiente no qual vivemos ou trabalhamos e reflete todo um conjunto de respostas do nosso organismo. Ele é uma reação natural do nosso organismo frente a situações-limite vividas.

Mais precisamente, é um estímulo exagerado no nosso corpo que ameaça nosso bem estar físico e psicológico desencadeando respostas fisiológicas extremamente prejudiciais em todos os aspectos, afetando nossas esferas biopsicossociais.

O estresse pode até ser benéfico porque ao estimular o nosso corpo, exige que respondamos a algo e melhoremos nossa atuação. Porém, a situação exige atenção e cuidados quando se transforma num processo crônico (situação de longa duração). Isso porque sob estresse nosso corpo é “atacado” e os sinais mais comuns desses “ataques” são: irritação; insônia; ranger os dentes enquanto dorme (podendo provocar dores de cabeça e até tonturas); problemas cardiovasculares; problemas respiratórios; dores de cabeça; diminuição do apetite sexual, além dos problemas emocionais como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, etc.

Por ser o estresse um fator que prejudica não só quem o sente, mas também as pessoas que convivem com indivíduos estressados, tal pessoa deve procurar ajuda profissional (Psicólogo ou Psiquiatra) assim que sentir que se encaixa neste perfil.

Não espere desgastar, magoar ou até perder seus amigos, esposa ou marido, por conta de algo que você pode aprender a lidar e vencer. Busque orientação.

Todos nós, seres humanos, temos nossas dificuldades de lidar com diferentes situações do dia-a-dia e todos nós podemos (e devemos isso para quem nos ama) pedir ajuda e encontrarmos a solução. Pedir ajuda é um sinal de coragem e não de fraqueza.

Quando você para de brigar e explodir em cima do mais “fraco” e isso se reflete, você passa a olhar para si mesmo, admitindo que a situação ficou fora de controle e que é hora de se render.

Vale muito mais a pena restaurar um relacionamento ao lado de quem você ama do que perdê-lo, desistindo dele e pior, desistindo de você mesmo.

Vamos lá querido(a)! Coragem! Dê o primeiro passo e simplesmente, seja feliz!

Até a próxima!
Um abraço.

 *“Uma jornada de mil milhas começa com um único passo”. Lao-Tsé.