Cruzeiro vence Taubaté e conquista Sul-Americano de Vôlei

Não foi dessa vez que o Vôlei Taubaté conquistou o seu primeiro título internacional. O time foi derrotado por 3 sets a 0 (25/20, 25/21 e 25/10) para o Cruzeiro-MG, na grande final do Sul-Americano neste domingo, 21 de fevereiro, no ginásio do Abaeté.

Com o resultado, a equipe mineira, atual campeã da Superliga e do Mundial de Clubes, leva para casa o tricampeonato da competição sul-americana. Já o Taubaté, que foi sede do torneio, fica com o vice e terá a missão de conquistar a competição nacional no fim da temporada 2015/2016.

O destaque da partida foi o coletivo do Cruzeiro, que soube aproveitar as diversas falhas dos donos da casa para saírem com o troféu de campeão.

Nas premiações individuais, o cubano Yolandy Leal foi eleito o melhor jogador da competição. O time mineiro ainda emplacou três jogadores no time ideal do Sul-Americano, com o levantador Willian, o oposto Wallace e o central Isaac. O Taubaté teve o ponteiro Lucarelli, o central Deivid e o líbero Felipe entre os melhores do torneio. Para fechar o time, Nikolay Uchikov, dos argentinos do UPCN, terceiros colocados, foi eleito um dos melhores ponteiros.

Destaque da equipe taubateana durante todo o torneio, o central Deivid falou sobre o prêmio individual que recebeu.

“Agradeço primeiramente a Deus. Acredito que tenha vindo [o prêmio] pelo meu trabalho, de toda a equipe, comissão técnica, mas trocaria mil vezes esse prêmio pelo título”, lamentou o jogador.

Um dos principais jogadores do Vôlei Taubaté e líder dentro de quadra, o ponteiro Lipe comentou sobre as falhas da equipe do Vale do Paraíba na partida deste domingo.

“Tenho que admitir a superioridade hoje do Cruzeiro, eles erraram praticamente nada. A gente jogou o tempo inteiro sob pressão e não conseguiu devolver porque eles sacaram muito bem e até quando eles estavam mais tranquilos, a gente sentiu essa pressão e não conseguimos realizar as nossas bolas mais fáceis”, disse Lipe.

Ao final do duelo, o ponteiro questionou o árbitro principal da partida, o argentino Ricardo Cabrera, por lances da partida. Ele falou sobre essa conversa com o juiz e do nervosismo que o Taubaté apresentou no jogo.

“Pelas circunstâncias, o nervosismo é normal. Se eu não discutir qualquer bola que eu achar positiva para nós, eu não vou estar jogando vôlei. Se eu acho que o árbitro está com a razão, vou ficar quieto, mas sempre vou procurar saber qual foi a decisão dele onde eu não vi erro nenhum. Se tivéssemos administrado um pouco melhor o nervosismo, talvez não tivéssemos sofrido tanto com recepção de passe, e em passar a responsabilidade para o Cruzeiro”, finalizou o ponteiro.

 Pelo outro lado, o central Isaac, um dos destaques do Cruzeiro campeão, creditou mais essa conquista ao elenco cruzeirense.

“O grupo todo está de parabéns. Depois de conquistar várias coisas, ainda mostramos que somos muito fortes e o mérito é de todos”, elogiou um dos melhores centrais do Sul-Americano.

Cruzeiro e Taubaté voltam à quadra na próxima quinta-feira, dia 25, pela sétima rodada da Superliga. Enquanto os taubateanos recebem Juiz de Fora, às 20h, no Abaeté, os mineiros vão até São José dos Campos, encarar a equipe da casa, às 19h30.

Na sequência, a oitava rodada da primeira fase da competição nacional colocará os dois times frente a frente mais uma vez. O líder Cruzeiro defenderá o lugar mais alto da tabela contra o vice-líder Taubaté,  outra vez no caldeirão do Abaeté, no sábado, dia 27, às 14:40.

Sobre o próximo duelo, o oposto Wallace acredita em um equilíbrio maior e evita falar sobre favoritismo ao time de Minas Gerais.

“Não tem favorito em um jogo como esse. A gente sabe da qualidade que tem o Taubaté, com jogadores renomados, que fazem a diferença no time deles. Será outro jogo, outra história. O que passou, passou e a gente tem que estar focado para sair com a vitória mais uma vez”.

Resumo do jogo
Se o fato de ser o atual campeão das principais competições fazia do Cruzeiro favorito para a decisão, do outro o Taubaté contava com o apoio da torcida para vencer pela primeira vez um campeonato Sul-Americano.

A partida começou equilibrada, com as estrelas Lucarelli, pelo Taubaté, e Leal, pelo Cruzeiro, ditando o ritmo. Mais nervoso em quadra, os donos da casa começaram a abusar dos erros e deixaram o adversário abrir vantagem. No final, os cruzeirenses ampliaram o marcador e fecharam em 25 a 20, em 29 minutos.

O segundo set começou melhor para os mineiros. Com ótimos saques e bom aproveitamento na rede, a equipe visitante assistia um show de erros do adversário, e abria dez pontos de vantagem. Tantas falhas fizeram a torcida pedir a entrada do oposto Léozão no lugar do cubano Sánchez. A mudança do técnico Cézar Douglas surtiu efeito no comportamento dos taubateanos, que esboçaram uma reação, mas era tarde, o Cruzeiro fechou em 25 a 21.

Sabendo que o terceiro set poderia ser decisivo, a equipe da casa tinha vontade, mas esbarrava em erros atípicos dos atuais campeões paulistas. Com uma boa sequência de saque do ponteiro Filipe, o Cruzeiro abriu uma vantagem grande no placar. Enquanto parte dos torcedores começavam a deixar o Abaeté, outra parte gritava ainda mais para incentivar um abatido Taubaté. O resultado foi a conquista do set em 25 a 10 e o título garantido aos mineiros.