Plano de carreira da Unitau é debatido em audiência na Câmara

O Plenário da Câmara ficou lotado na última terça-feira, 23 de maio. Servidores e alunos da Universidade de Taubaté (Unitau) estiveram presentes para acompanhar a audiência pública que debateu o plano de carreira da autarquia de ensino. O grupo queria respostas para a pauta de reivindicações apresentada à reitoria pela comissão de servidores, representada por Daniel Veloso.

De acordo com o reitor José Rui Camargo, um dos itens desta pauta, a reposição de 10,67% da inflação nos salários, será possível somente se houver melhora no cenário econômico do país ou com o ingresso de novos alunos após o vestibular de inverno.

“Temos receita média mensal de R$ 10 milhões, repassamos R$ 3,5 milhões para o IPMT (Instituto de Previdência do Município), e a folha de pagamento é de R$ 5,5 milhões. Sobra R$ 1 milhão para honra os compromissos”, explicou o reitor.

A alternativa apresentada por ele foi oferecer outros benefícios aos servidores. Houve garantia de entrega de cesta básica durante os dois próximos meses, estudos para implantação do cartão benefício, integrando cesta básica e vale transporte, ampliação do número de bolsas de estudos para os servidores e do percentual de desconto aos dependentes, incorporação do adicional de nível universitário aos cargos administrativos e à hora aula do professor e, dependendo da disponibilidade orçamentária, incorporação do abono de R$ 380 ao salário.

Além disso, houve compromisso de estudo para venda de imóveis da Unitau, como o prédio alugado para o supermercado Pão de Açúcar e a unidade de Ubatuba, no Itaguá; incentivo ao plano de aposentadoria de servidores que adquiriram o direito e apelo para que a Prefeitura amplie o Simube (Sistema Municipal de Bolsas de Estudo).

Plano de saúde         
Com relação às reclamações da suspensão do plano de saúde oferecido pela Policlin no dia 17 e adesão ao plano da Santa Casa Saúde no dia seguinte, José Rui afirmou que o “corte abrupto foi lamentável” e que iria ser aberta uma investigação. Ele garantiu que será feita avaliação socioeconômica individual para identificar os servidores que foram prejudicados após a adesão do novo convênio.

Comissão
A discussão em torno do plano de carreira da Unitau está sendo acompanhada por uma comissão de vereadores na Câmara, composta por Douglas Carbonne (PCdoB), Guará Filho (PR), Jessé Silva (SD), Nunes Coelho (PRB) e Vivi da Rádio (PSC).

Na presidência dos trabalhos, Carbonne explicou que houve nove reuniões com a comissão de servidores e defendeu a extinção de algumas das fundações universitárias. “[Precisamos criar] uma única superfundação, porque hoje estamos vendo que não tem diálogo entre a reitoria e a Funcabes, que pede recurso para manter os benefícios dos funcionários”, citou.

Além dos membros da comissão, participaram da audiência Dentinho e Orestes Vanone, do PV, Rodrigo Luis Digão (PSDB) e Loreny (PPS), que apresentaram sugestões e reivindicações, assim como outros servidores.