
Você já ouviu falar em workaholic?
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Em 29/07/2014 00:00 por Filippo Salvia Jr.
É uma expressão americana (USA) que teve origem da palavra alcoholic (alcoólatra) serve para descrever uma pessoa viciada, não em álcool, mas em trabalho. As pessoas viciadas em trabalho sempre existiram, no entanto, esta última década teve um aumento considerado, talvez, motivado pela concorrência agressiva do mundo globalizado, pela ambição exagerada pelo dinheiro, pelo egoísmo, pelo orgulho, pela vaidade, pela sobrevivência no mercado agressivo ou por alguma necessidade específica, talvez, identificada na pirâmide de Maslow.
É comum deparar-se com profissionais que vivem reclamando de seu trabalho no dia-dia, ou daqueles que juram amar o que fazem, mas podemos destacar também, um grupo que é “viciado em trabalho” os chamados Workaholics.
Uma das características da maioria dos profissionais inclusa nesse grupo (workaholics) é que são profissionais isolados e que suas ações são quase sempre voltadas ao trabalho, trabalho, trabalho.
Como resultado desse comportamento, percebemos geralmente, que tais profissionais não se desligam nunca de suas atribuições, mesmo fora do ambiente de trabalho, acaba por deixar de lado sua família e amigos, afastando-se da vida social.
Esse vício pode ser prejudicial e, como o alcoólatra, é considerado uma doença. Os workaholics tendem a temer o fracasso e tendem a se cobrar muito disso, podendo aparecer sintomas de mau-humor, insônia, agressividade. Podem surgir sintomas em níveis mais avançados como a depressão. Esse profissional acaba trazendo para si uma qualidade de vida muito ruim.
Não é difícil identificar um Workaholics, basta observar, você verá que são profissionais que trabalham mais do que 12 horas por dia a semana toda, inclusive sábados, domingos e feriados, são profissionais que levam trabalho para fazer em casa, usam o tempo do almoço também para trabalhar fazendo reuniões.
As nossas crianças são as que mais identificam esses problemas quando estão acontecendo com a gente. Vou citar um exemplo que aconteceu comigo, que por amar fazer o que gosto, fez-me refletir sobre o assunto para que eu não seja na estatística mais um Workaholic no futuro.
Certo dia, conversando com meu sobrinho de cinco anos, ele me perguntou:
-No que você trabalha Tio?
Nesse momento tirei um cartão de visitas do bolso e entreguei para ele, explicando que o Tio era empresário, e se caso ele precisasse de qualquer coisa era só me ligar, dei um beijo nele e fui para a Empresa como todos nós fazemos diariamente.
Quinze minutos depois, recebi um chamado no telefone e no identificador de chamadas verifique que era meu pai. Atendi e na correria de sempre, já perguntando o que meu pai queria. Surpresa! Uma voz de criança, respondendo.
“- Não é seu pai, o vovô está descansando, sou eu Jean seu sobrinho e estou te ligando para agendar uma hora com você para uma reunião para podermos brincar. Estou com saudades.”
Como eu, talvez, fosse difícil resistir e não marcar uma reunião dessas.
O trabalho enobrece o homem, o trabalho dignifica, o trabalho transforma, o trabalho realiza e constrói, é ele, o trabalho, que gera movimento em nossas vidas. Todos os dias é exigido que sejamos melhores, realizadores de multi tarefas, ser pró-ativo, criativo. Gostar do que se faz traz prazer, porém, é necessário que se tenha o discernimento do gostar de trabalhar e ser “viciado em trabalho – Workaholic”. Reflita sobre isso, pois para ter qualidade de vida melhor é preciso buscar sempre o equilíbrio, em tudo que se faz.
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