
Economista prevê ano de dificuldades em Taubaté
Professor Edson Trajano acredita em recuperação do cenário econômico somente em 2017
Em 08/01/2016 16:36 por
Após um ano de 2015 marcado por crises política e financeira no país, a expectativa dos brasileiros para o ano que teve início na última semana não é das melhores.
Com alta nas taxas de juros, demissões em massa e aumento da inflação, muitas famílias passaram a se preocupar mais com as contas e consequentemente, com as dívidas.
Economista e docente da Universidade de Taubaté, Edson Trajano acredita na melhora do cenário econômico somente em 2017 e prevê um 2016 de dificuldades para as contas públicas e privadas.
“A razão do quadro econômico ruim em 2016 é que as taxas de juros continua alta, o Estado brasileiro está com dificuldade de negociar a dívida pública, consequentemente sem um ajuste fiscal mais rigoroso, as taxas de juros mantém alta e com isso há uma retração do consumo no país. Menor o ritmo de consumo, menor o ritmo de produção, consequentemente menos empregos e uma continuidade da retração das atividades econômicas no país”, afirmou o professor.
Para a cidade de Taubaté, o economista vê um cenário ainda mais complicado, devido a dependência do município à indústria automobilística. “Nós tivemos já em 2015 uma redução de 26% nas vendas de veículos no Brasil. Consequentemente, menor as vendas, menor a produção e desemprego nessa cadeia automobilística. Esse setor é o que paga os melhores salários na cidade de Taubaté, com isso, a redução na renda dos trabalhadores deste segmento, acabou afetando outros setores de atividades. Para 2016 não há cenário de recuperação da atividade econômica”.
Presidente da Associação Comercial e Industrial de Taubaté, o empresário José Saud aposta em palestras e novos aprendizados para que o comércio da cidade supere os prejuízos do último ano.
“A Associação Comercial está chamando todos os comerciantes, associados e não associados, a participarem do processo para 2016. De agora em diante, nós iniciamos um ciclo de palestras e aprendizados, para chegar no fim do ano tinindo e diminuindo ainda mais esse prejuízo”, frisou Saud.
Para as famílias que buscam adequar as contas ao cenário econômico atual do país e da região, Trajano aconselha que seja feito um planejamento do padrão de consumo.
“É fundamental repensar o orçamento financeiro. Sem esse novo planejamento, pode colocar em risco todo o patrimônio adquirido ao longo dos últimos anos. Adaptar à nova realidade da economia é fundamental nesse cenário de crise”, finalizou Trajano.
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