DECISÃO POLÊMICA Esporte

Campinas coloca fim no sonho do Taubaté de conquistar a Superliga

Juiz atribui último ponto da partida ao time campineiro, após equipe da casa retardar partida; decisão revoltou jogador e torcedores


Em 06/04/2016 09:15 por Mário Pereira


Campinas coloca fim no sonho do Taubaté de conquistar a Superliga
Central Maurício, ex-jogador do Taubaté, foi decisivo na partida desta terça-feira (FOTO: Mário Pereira/ Guia Taubaté)
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O Vôlei Taubaté despediu-se do seu torcedor na temporada 2015/2016 de forma polêmica na noite desta terça-feira, 5 de abril. A equipe foi derrotada por 3 sets a 2 (25/23, 19/25, 25/22, 20/25 e 13/15) para Campinas, em pleno ginásio do Abaeté, perdendo o último ponto após tomar um cartão vermelho da arbitragem.

Com o resultado, os campineiros disputarão pela primeira vez uma final de Superliga. A decisão está marcada para o próximo domino, dia 10, às 9h40, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília. O adversário do Campinas será o Sada Cruzeiro-MG, atual tricampeão.

Já o Taubaté encerra a temporada com incertezas para o futuro. No ano em que termina o primeiro mandato de Ortiz Junior à frente da Prefeitura e com jogadores em fim de contrato, a permanência de um time competitivo é uma incógnita na cabeça do torcedor.

Presente no ginásio do Abaeté, o mandatário da administração municipal garantiu a permanência do time e já antecipou alguns nomes para o próximo ano.

“Claro que continua [o time na cidade]. Temos pelo menos mais uma temporada pela frente. Nós temos o Rapha (levantador) de contrato renovado, Lucarelli em vias de renovação, Otávio de contrato renovado. Estamos discutindo a renovação de outros atletas e temos que reforçar esse time. A cidade acreditou no projeto e se apropriou dele e vai continuar, pelo menos enquanto eu estiver aqui”, afirmou o prefeito Ortiz Junior.

Já do outro lado a festa parecia não ter fim. Com alguns torcedores presentes no ginásio em Taubaté, Campinas era só alegria. Coordenador do time campineiro, o ex-jogador e campeão olímpico André Heller falou sobre a vitória épica de sua equipe nesta terça-feira.

“O favoritismo do Taubaté era no papel, mas o favoritismo é totalmente relacionado com o que se faz em quadra e não hoje só. É um trabalho de 12 meses, de um grupo de jogadores fenomenais e uma equipe técnica, muito capacitada. Hoje foi um dos passos para coroa desse time. Dia 10 é a verdadeira coroação”, respondeu o campeão olímpico em Atenas.  

Um dos destaques do Campinas durante toda a competição, o líbero Tiago Brendle falou sobre a dificuldade que será vencer o Sada Cruzeiro na grande final.

“O time do Cruzeiro tem muitas qualidades, muita vivência de finais e experiência em relação a isso. Porém, hoje a gente conseguiu fazer uma quebra de favoritismo e no domingo vamos tentar construir isso de novo, jogar a responsabilidade para o outro lado, com soltura”, explanou o jogador.

Brendle comentou ainda a possibilidade de integrar o elenco que disputará as Olimpíadas do Rio. “Eu venho focado há muito tempo, tentando dar o melhor a cada partida, chamar a atenção a cada partida para construir uma possível convocação. Agora na final não vai ser diferente, vou querer dar meu máximo. Estou nesse objetivo de jogar bem para contribuir com o meu time, para alcançar a vitória e para ser convocado”, enfatizou o líbero.

Jogo equilibrado e emoção
O clima no ginásio do Abaeté era digno de uma verdadeira decisão. De um lado, dezenas de torcedores do Campinas foram até Taubaté para mostrar que o time não estava sozinho. De outro, a torcida da casa fazia uma bonita festa no último jogo do time no ginásio do Abaeté nesta temporada.

A partida começou equilibrada, com destaque para a atuação do oposto Sánchez, do Taubaté. Os taubateanos abriram vantagem no placar, mas viram o Campinas encostar no final do primeiro set. Apesar disso, os comandados do técnico Cézar Douglas conseguiram fechar em 25 a 23.

Na volta para o segundo set, os visitantes voltaram melhores e conseguiram abrir uma importante vantagem de 5 pontos. Foi então que o Taubaté trocou meio time. Saíram Rapha, Lipe e Sánchez e entraram Pedro, Japa e Léozão. A equipe evoluiu e esboçou uma reação. Porém, o time campineiro aproveitou a vantagem que ainda tinha e conseguiu vencer por 25 a 19.

Novamente o time derrotado no set anterior voltou com outra postura. Dessa vez o Taubaté mostrou melhor desempenho e conseguiu abrir ligeira vantagem no terceiro set. Com bons bloqueios de Lipe e Ialisson, a equipe da casa venceu em 25 a 22. O detalhe importante do terceiro set foi a punição que o time da casa sofreu por retardamento da comissão técnica em entregar a ficha de atletas para a mesa.

Para o quarto set, as equipes garantiram verdadeiro espetáculo. Sem desgrudar do Campinas no placar, o Taubaté mostrava a vontade de querer fechar o jogo. Mas o nervosismo tomou conta de atletas experientes, como Rapha e Deivid, e o rendimento do time caiu. O resultado foi nova vitória do Campinas, dessa vez por 25 a 20.

Polêmica define partida
Com os torcedores no ginásio do Abaeté em pé e fazendo muito barulho, o tie-break foi de emoção extrema. Jogadores reservas cruzavam as mãos, comissão técnica mostrava apreensão e até dirigentes deixavam transparecer o momento importante que vinha pela frente.

Tudo caminhava para mais um set disputado ponto a ponto. Até chegar em 14 a 13 para Campinas. A partir daí uma série de acontecimentos marcaram a partida. O central Deivid pegou uma plaquinha errada para entrar em quadra e ao voltar para pegar o número certo, viu o árbitro advertir Taubaté com cartão vermelho e dar o ponto final ao time campineiro.

No erro do adversário, o oposto e capitão do Campinas, Wallace, correu em direção ao árbitro central, Rogério Espicalsky e avisou de suposto retardamento do adversário. Mesmo contrariado, o juiz aceitou e puniu o time de Taubaté.

O resultado foi o fim de jogo com festa dos campineiros, revolta dos taubateanos e muitas dúvidas em torno da decisão do árbitro. Até o prefeito de Taubaté, Ortiz Junior, invadiu a quadra para reclamar da atitude do juiz. O oposto Sánchez teve que ser segurado pelos companheiros para não se aproximar da arbitragem.

Ao final do jogo, Rogério Espicalsky explicou a atitude tomada. “Na questão do lance, a equipe já tinha tomado um retardamento no início do terceiro set, quando o técnico atrasou a entrega da caderneta. Ao final do último set, o Deivid entrou com uma plaqueta errada, teve que voltar pra trocar, mas isso configura em retardamento, em erro. Eu disse que não queria acabar o jogo assim, mas realmente eu tive que cumprir a regra”, resumiu o árbitro.

O resultado foi uma festa generalizada no centro da quadra pelo time de Campinas, e a dor e lamentação do Taubaté. Lucarelli, que teve atuação apagada, foi um dos mais revoltados ao sair de quadra.  

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