
Professora recebe cidadania taubateana no aniversário de 100 anos
Amélia Costalonga vive na cidade desde 1966; em Taubaté, ela e o marido formaram um grupo escoteiro
Em 29/06/2016 16:42 por redação/ Guia Taubaté

Dia 28 de junho de 1916, Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, ganhava a filha Amélia Costalonga, nascida na Fazenda Paraíso, fruto do casamento de Basílio e Paschoa. Um século se passou, e em 28 de junho de 2016, Amélia se tornou filha de Taubaté, por iniciativa do vereador Jeferson Campos (PV). O 100º aniversário da professora Amélia foi marcado pela solenidade, presidida por Luizinho da Farmácia (PROS), em que ela recebeu o título de cidadania taubateana.
A trajetória da professora Amélia em Taubaté, iniciada há 50 anos, foi lembrada no discurso de Jeferson Campos. Os 66 anos de casamento de Amélia e Félix Vieira Varejão, falecido em 2006, foi o registro inicial da história pautada pela dedicação à família e ao trabalho.
“O que pesou na decisão de mudar para Taubaté em março de 1966 foi a possibilidade de dar continuidade aos estudos dos filhos, uma vez que aqui havia faculdades, não precisando deslocar nenhum deles para longe. Dentre várias opções, escolheu Taubaté por considerá-la ideal para viver e educar os filhos”, relatou o vereador.
“Logo que chegou a Taubaté, incentivou o seu marido a ajudar a formar um grupo escoteiro, assim em 24 de setembro de 1967, Felix Varejão foi eleito o primeiro presidente do Grupo Escoteiro Amizade. Ainda em 1967, ingressou na Faculdade de Letras, ministrou aulas de Português na Escola do Comércio e nos colégios Diocesano e Anchieta”, continuou Jeferson.
Ao concluir o curso superior em 1970, Amélia passou em quarto lugar no concurso do Estado, tornando-se professora efetiva. Lecionou no Ginásio João Alves até 1978. Depois foi ministrar suas aulas de Português no Ginásio Estadual Antonio Magalhães Bastos, onde permaneceu até sua aposentadoria compulsória aos 70 anos. “Toda essa dedicação lhe rendeu outra justa homenagem: a biblioteca do Ginásio passou a ser chamada Amélia Costalonga Varejão”, destacou o vereador.
“Sua preocupação sempre foi de ensinar muito bem a língua portuguesa, deixando na memória de seus alunos uma atuação marcante, competente, exercida com autoridade baseada no respeito e na disciplina. Ainda hoje, ex-alunos são unânimes em dizer que foram beneficiados pelos conhecimentos adquiridos e pela postura de mãe que ela sempre adotou para ensiná-los e educá-los, considerando-a uma grande mestra”, afirmou o parlamentar.
“Professora Amélia sempre entendeu seu grande papel social. Desta forma, não mediu esforços para levar conhecimentos e desenvolver atitudes éticas, favorecendo a inclusão social, enfatizando a importância do respeito as minorias, com consequente melhoria na qualidade de vida para todos aqueles que estivessem sob sua responsabilidade”, considerou Jeferson.
O filho de Amélia, Félix Vieira Varejão Filho, fez o agradecimento em nome dela. “Apesar de minha mãe ter lecionado por 52 anos, tenho certeza de que o fez com naturalidade, mas sempre foi uma pessoa reservada e, nas situações que tem que se expressar publicamente, ainda é acometida de uma timidez teimosa”, afirmou.
“Com toda certeza ela se sente honrada por essa homenagem, embora considere haver cumprido o seu dever. Viveu movida por valores como a fé em Deus, a dedicação ao trabalho que representasse melhoria na qualidade de vida das pessoas, honestidade, respeito e fidelidade a princípios de ordem superior. Conhecendo-a como a conhecemos, devemos vê-la não conseguindo imaginar algum motivo extraordinário pelo qual deva receber a homenagem, a não ser atribui-la ao carinho daquelas pessoas extraordinárias com quem ela conviveu e convive aqui.”
Fez parte da homenagem a exibição de um vídeo produzido pelo Memorial da Câmara depoimentos dos familiares e amigos.
Empresas Sugeridas para Você
Comida & Delivery Sugeridas para Você
Marketplace Sugeridas para Você
Veja Mais Notícias
