
Animais ganham cuidados de detentos do regime semiaberto em Taubaté
Locais construídos longe do espaço da carceragem abrigam bichos em situação de rua
Em 30/09/2019 17:14 por redação/ Guia Taubaté

Uma parceria inédita no estado de São Paulo coloca detentos do regime semiaberto de Taubaté e Tremembé para cuidar de cães e gatos, em unidades próprias construídas no perímetro prisional. De acordo com a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), o local fica longe do espaço da carceragem e abriga animais em situação de rua da cidade.
Essa parceria foi formalizada ainda em 2018 entre a SAP, a 1ª Vara de Execuções Criminais (VEC) da Comarca de Taubaté, o Conselho da Comunidade de Taubaté e a Prefeitura Municipal de Taubaté.
Na Penitenciária “Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra”, a P1 de Tremembé, foi construído um canil com capacidade para abrigar 200 cães. Já o Centro de Detenção Provisória “Dr. Félix Nobre de Campos”, o CDP de Taubaté, dispõe agora de um gatil com capacidade para comportar até 50 gatos.
Ambos os abrigos contam com espaços coletivos e individuais, áreas para vacinação, banho, tosa e depósito de materiais.
Segundo a SAP, o objetivo é “oferecer apoio ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) taubateano e, ao mesmo tempo, proporcionar a ressocialização dos internos por meio do contato e cuidado com os animais”.
Aprendizagem
Ainda de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária, os detentos passam por curso de banho e tosa, e aprendem técnicas nos cuidados dos bichos, que serão vacinados, vermifugados e estarão disponíveis para adoção em feiras organizadas com entidades parceiras.
Outras atividades para preparar os presos que atuam no canil foram realizadas, como uma palestra sobre comunicação e comportamento dos animais, com uma profissional de medicina veterinária na última semana.
Ressocialização
As atividades contemplam 12 reeducandos no manejo dos animais nos dois prédios envolvidos no projeto. Para o diretor do CDP de Taubaté, Cláudio José do Nascimento, existe uma troca positiva muito grande entre os detentos e os animais.
“Alguns dos felinos abrigados no gatil já estavam nos arredores do presídio, mas eram agressivos, arredios e não interagiam com as pessoas. Agora, sob os cuidados dos detentos, já estão mais dóceis, menos agitados e aceitando a presença humana com mais naturalidade”, avalia o diretor, que destaca uma mudança visível no comportamento dos internos. “Até mesmo os presos que trabalham em outras frentes na unidade demonstram afeto pelos animais”, reflete.
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