SEGUNDO PESQUISA Economia

Cesta básica na RMVale apresenta alta no mês de março

Fatores climáticos em fevereiro, aumento do dólar e elevação da demanda por conta da Covid-19 são principais motivos para variação


Em 14/04/2020 20:20 por Mário Pereira


Cesta básica na RMVale apresenta alta no mês de março
Cebola foi um dos produtos que puxou alta da cesta no mês de março (FOTO: Arquivo/ Guia Taubaté)

O primeiro mês de pandemia, quarentena e isolamento social na RMVale foi marcado pelo aumento do preço da cesta básica. A pesquisa realizada mensalmente pelo Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais) da Unitau (Universidade de Taubaté), mostra que em março a média de preço esteve 2,29% mais cara, se comparado o mês de fevereiro deste ano.

De acordo com o estudo, o custo de uma cesta contendo itens de higiene pessoal, limpeza e alimentação de uma família padrão-brasileira, com poder de compra de 5 salários mínimos vigentes (total de R$ 5.195,00) foi de R$ 1.749,79. Em fevereiro, o valor calculado foi de R$ 1.710,65.

Segundo o Nupes, em março não era esperado aumento de preços médios na região nas cidades pesquisadas. No entanto, houve elevação de preços em todas as cidades pesquisadas, se destacando Campos do Jordão, com aumento médio de 3,29%, bem acima de São José dos Campos, que apresentou a menor variação, com 1,56%. Apesar disso, a cidade da Serra da Mantiqueira segue com o menor valor da cesta básica, avaliado em R$ 1.732,40.

Os produtos que mais contribuíram para a alta do preço médio foram a cenoura (42,03%), a cebola (26,65%) e o tomate verde (9,70%).

Entre os motivos por trás deste valor mais alto, estão os fatores climáticos em fevereiro, que prejudicaram a produção de alguns alimentos e o aumento do dólar, que impactou produtos importados que compõem a cesta básica. Outro fator foi a elevação repentina na demanda, ocasionada pelo isolamento horizontal determinado pelas autoridades em virtude da Covid-19.

Comprometimento
Para o Nupes, o valor quase inalterado do salário mínimo, juntamente com o aumento de preços da cesta básica prejudicam a disponibilidade de renda para os outros gastos da família, como transporte, saúde, educação e lazer. Somente o valor da cesta básica ocuparia 33,48% do comprometimento da renda para uma família padrão-brasileira. Esse valor foi de 32,92% em fevereiro.

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