
Sincovat alerta o que varejo da RMVale deve esperar do pós-quarentena
Categoria fala em “crise sem precedentes” e pede profissionalização da gestão empresarial
Em 27/04/2020 13:44 por redação/ Guia Taubaté

Um estudo realizado pelo Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região), com base nos dados da FecomercioSP, mostra que o varejo da RMVale faturava, antes da pandemia do coronavírus, cerca de R$ 50 milhões por dia.
Na mesma nota em que divulgou a pesquisa, a categoria ressaltou as perdas sofridas após decreto do Governo de São Paulo, que fechou o comércio, mantendo somente o funcionamento de serviços essenciais, como saúde, alimentação e segurança.
Para o Sincovat, o “Plano São Paulo”, anunciado na última semana pelo governador João Dória (PSDB), é “mais um capítulo de ansiedade” para os varejistas. O projeto trata da flexibilização do fechamento dos estabelecimentos, que deve acontecer a partir do dia 11 de maio, com um retorno faseado, setorizado e regionalizado.
Ainda segundo a categoria, os comerciantes da RMVale devem estar preparados para uma crise sem precedentes. Essa afirmação é baseada em dados estimativos, como o PIB (Produto Interno Bruto), que deve sofrer uma queda de 5% em 2020. Outro fator trabalhado por especialistas é com relação a taxa de desemprego, que pode saltar acima dos 16%, com avanço do endividamento das famílias.
“A redução do consumo, já sentida de forma muito aguda, deve se amenizar com tempo, mas continuará latente aos próximos meses. A deterioração dos determinantes do poder de compra das famílias trará o velho direcionamento da renda existente para atividades de mercadorias essenciais (gêneros alimentícios, higiene, medicamentos, etc). Outro movimento esperado são as idas mais pontuais e planejadas do consumidor ao comércio, bem como sua busca mais ativa por promoções e parcelamento”, diz o Sincovat.
A categoria pede planejamento calcado em extensão de tipo de atendimento, utilização profissional das redes sociais, criatividades em campanhas e promoções, bem como a busca por identidade mais moderna da marca e apresentação das mercadorias.
“Do balcão para dentro, será mais um capítulo da busca por maior produtividade. Novamente intensificaremos o pragmatismo para avaliar o quadro de trabalhadores, o fôlego diário do caixa, os estoques mais baixos para evitar alta imobilização de recurso, e falta de liquidez em capital de giro, e a difícil, mas necessária tarefa de negociar com fornecedores, bem como credores”.
O Sincovat conclui essa estimativa em relação aos próximos meses, orientando os comerciantes a manter positivo o caixa, com o cuidado máximo dos prazos de pagamento, de estoque e venda. Além disso, o sindicato atenta para um foco de profissionalização da gestão empresarial, no intuito de alcançar o crescimento em um médio prazo.
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