Trabalhadores da Ford realizam manifestação pacífica em Taubaté

Um protesto pacífico foi realizado por trabalhadores da Ford de Taubaté nesta segunda-feira (18). Os uniformes foram pendurados no alambrado em frente a área da fábrica na cidade, simbolizando os empregos e as famílias em risco com o fim das atividades da montadora.

Nas camisas, os trabalhadores escreveram frases de protesto e o nome de familiares. “Queremos mostrar para a sociedade a quantidade de família, de dependentes que cada funcionário tem. É uma forma de mostrarmos para a diretoria da Ford o impacto que eles estão causando na vida das pessoas”, afirma Alexandre Santos Geraldo, que trabalha no setor de qualidade da montadora.

Após o protesto, os trabalhadores participaram de uma assembleia conduzida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau). No encontro foi aprovada uma agenda de ações para a semana.

Nesta terça-feira (19), os sindicatos de Taubaté e de Horizonte (CE) estarão reunidos com o Ministério Público do Trabalho (MPT). Na quarta-feira (20), será realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Já na quinta-feira (21) será o Dia Nacional de Mobilização pelos trabalhadores da Ford, com manifestações em frente às concessionárias da montadora. Na sexta-feira (22), está prevista uma nova assembleia com os metalúrgicos da Ford de Taubaté.

Além da agenda de ações da semana, os trabalhadores aprovaram a realização de uma audiência pública na Câmara dos Deputados em Brasília, prevista para a próxima terça-feira (26). Outra mobilização será uma carreata até Aparecida, ainda sem data definida.

A vigília dos trabalhadores nas portarias da Ford Taubaté continua. Desde o dia 12 de janeiro eles estão se revezando em turnos de seis horas nas duas entradas da fábrica. Nenhuma peça ou equipamento entra ou sai da montadora, segundo o Sindmetau.

Reunião
Representantes do Sindicato e da Ford iniciaram uma reunião na manhã desta segunda-feira (18). Segundo o presidente do Sindmetau, Cláudio Batista, o Claudião, esse primeiro contato será para organizar um canal e um calendário de negociação.

“Só depois disso é que as negociações começarão. Será um processo longo, pois queremos discussões maduras sobre a situação imposta pela montadora norte-americana aos trabalhadores brasileiros”, afirmou Claudião, lembrando que os trabalhadores têm a seu favor um acordo de estabilidade válido até dezembro de 2021.