Vazão para o Rio de Janeiro deve ser reduzida

O GTAOH (Grupo de Trabalho Permanente de Acompanhamento da Operação Hidráulica na Bacia do Rio Paraíba do Sul) defende a redução de quantidade de água enviada para o Rio de Janeiro, afim de evitar que o Rio Paraíba chegue ao volume zero ainda este ano.

Responsável por abastecer a capital do Rio de Janeiro, é esperado que o rio reduza de 127 metros cúbicos por segundo, para 110 metros cúbicos por segundo a vazão da barragem Santa Cecília, localizada no sul fluminense.

Caso seja aprovada, essa será a quarta redução da vazão em menos de um ano. Até o dia 1º de Setembro do ano passado era de 190 metros cúbicos por segundo, passando para 160 metros cúbicos por segundo. Logo depois, houve a redução para 140 metros cúbicos por segundo, até chegar em 127.

Os níveis dos reservatórios é o motivo da preocupação. Em julho de 2014, a média de armazenamento da Bacia do Paraíba era de 26,2%. Já no ano passado, os reservatórios atingiram o volume útil zero no mês de dezembro.

Hoje, a média de armazenamento chega a 13,87%, o que é quase a metade do índice registrado no mesmo período do ano passado.

O Governo Estadual espera concluir até o ano de 2017 as obras de interligação das represas Jaguari, na Bacia do Rio Paraíba do Sul, e Atibainha, no Sistema Cantareira.

O investimento vai chegar a R$ 830,5 milhões: R$ 747 milhões de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e R$ 83,5 milhões da Sabesp, companhia que abastece o estado de São Paulo.

De acordo com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), a interligação irá duplicar a capacidade de reserva entre as duas represas, passando de 1 bilhão de metros cúbicos para 2,1 bilhões de metros cúbicos, permitindo assim o bombeamento de mais 5 metros cúbicos de água por segundo para o Sistema Cantareira.

O GTAOH é formado por representantes de diferentes órgãos, como a ANA (Agência Nacional de Águas), o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), e as empresas de saneamento Sabesp (São Paulo) e Ceade (Rio), pela Ligth e Cesp e pelos Comitês de Bacias do Paraíba do Sul.