Custeio para participantes do “Mais Médicos” é aprovado na Câmara

Profissionais que trabalham em Taubaté por meio do programa “Mais Médicos”, do Governo Federal, terão ajuda de custo de R$ 1,5 mil para aluguel e de até R$ 700 para despesas com alimentação, durante o período máximo de 36 meses.

Os benefícios constam no projeto de lei nº 114/2015, do prefeito Ortiz Junior (PSDB), aprovado pela Câmara em sessão de 18 de abril, com emendas de Carlos Peixoto (PTB), revendo o valor originalmente proposto (R$ 2,5 mil).

“O programa tem salvado vidas em todo Brasil”, declarou Douglas Carbonne (PCdoB). “Estamos dando autorização para que o prefeito custeie parte dos gastos desses médicos, porque o profissional tem que ser atrativo para ficar em Taubaté.”

O vereador Salvador Soares (PRB) enalteceu o programa federal, no entanto, lamentou que o prefeito tenha demorado a propor o incentivo. “Depois de três anos de governo, a gente vê a morosidade, e isso me entristece. São coisas simples que o governo precisava fazer para regulamentar a ajuda de custo desse profissional, que hoje é reconhecido pelos moradores.”

Para Digão (PSDB), o programa deu certo, mas lembrou que a estrutura oferecida na cidade prejudica os médicos que trabalham no município. “Temos falado da falta de planejamento dentro da área da saúde, a questão não é simplesmente ter médicos, mas dar estrutura. Não adianta inchar a cidade com postos, se não há estrutura para trabalhar.”

O também tucano Bilili classificou como “absurda” a ajuda de R$ 2,5 mil, proposta originalmente, e disse que o valor do custeio poderia ser aplicado em um médico da rede municipal, evitando que ele se demitisse do serviço público. “Para mim, é falta de planejamento. Vou fazer um requerimento para ver quanto custa um médico da rede e quanto vai custar um médico do programa.”

Por fim, Jeferson Campos (PV) falou sobre a aceitação do Mais Médicos no Brasil, disse que o programa foi avaliado, com nota nove pelos usuários atendidos e atende mais de 65 milhões de brasileiros.

“É um programa que veio para ficar, e esta Casa acaba contribuindo, porque sem contrapartida fica difícil. A contrapartida é do município, e Taubaté não foge da regra.”