Família é foco do encontro inter-religioso na Câmara

No dia do diálogo inter-religioso, 15 de junho, a Câmara de Taubaté realizou uma solenidade para promover a troca de experiências entre diferentes religiões. O encontro foi presidido pelo vereador João Vidal (PSB).

A vereadora Pollyana Gama (PPS) pautou que o diálogo é de extrema importância para a sociedade.

“É o diálogo a viga fundamental para a sociedade, sobretudo porque, a partir dele, podemos estabelecer relacionamentos de respeito, tolerância, amor, altruísmo e, deste modo, podemos chegar ao Sagrado”, completou.

Representando a Igreja dos Santos dos Últimos Dias, o pastor Sálvio Tadeu Faria enfatizou a responsabilidade dos pais na criação dos filhos. “Pai e mãe têm o sagrado dever de criar filhos com amor e retidão, ensiná-los a amar e servir uns aos outros, guardar os mandamentos de Deus e serem cidadãos cumpridores da lei.” Pontuou a necessidade de valorização da mulher na família. “Infelizmente, em muitas famílias os membros entendem que a mãe é empregada, quando todos devem ser colaboradores.”

Solange Barbosa, representante do candomblé, explanou o conceito cultural de família aldeia. “Não nos explicamos diante do mundo sem a nossa comunidade. A criação das crianças é responsabilidade de todos. A criança é a base da nossa vivência, e todos os filhos de uma aldeia, de um terreiro, são importantes para todos nós. Somos responsáveis pelo seu bem-estar, por mostrar o que é certo e errado.”

Falando em nome da USE (União Social Espírita), José de Oliveira Pereira destacou os trabalhos dos representantes do espiritismo voltados para a família, com objetivo de solidificar valores cristãos na formação, preservação e crescimento da “grande instituição chamada família”. “Entendemos que os laços consanguíneos que nos ligam são laços de amor que nos unem ao nosso próximo e a Deus. Acreditamos estar fortemente contribuindo com a nossa sociedade.”

Da Igreja Católica, o padre Marcelo Henrique de Souza ressaltou o papel das religiões e seus líderes na formação das famílias. “Fazemos arejar pensamentos ou sufocar, humanizamos ou desumanizamos. Quando a gente tem afeto, superamos as divisões e fazemos da diferença algo fecundo. Que ajudemos as famílias a pensar o que significa a outra religião, o ser diferente, e que produzamos mais afeto humanitário do que desafeto.”

Pastor da Igreja Wesleyana, José Adimar Lopes citou a definição de família como “projeto do coração de Deus”. Chamou atenção para o papel de cada integrante da família em promover a união de todos. “O amor verdadeiro garante bondade, atenção e compreensão. Tudo o que investirmos em família deverá ser baseado no amor Ágape, de Deus. Cresça e floresça onde você foi plantado, faça a diferença”, estimulou.

Integrante da Seicho-No-Iê, Silvio Celso da Silva colocou a necessidade de se recuperar valores perdidos e de se reeducar os pais, “pois muitos problemas advêm da distância entre pais e filhos ou mesmo da ausência dos primeiros”. “O amor se traduz na ideia que eu e o outro somos um juntos com Deus. O nome que alguém dê a Ele, cor, forma de adoração, palavras, dogmas, nada muda sua existência absoluta. Somos uma família e temos uma família; se faltar, então construamos, pelo acolhimento.”

Representante da umbanda, José Alberto da Cruz defendeu o amor e a compreensão com as escolhas dos indivíduos. Aconselhou os pais a educarem os filhos na religião e no conceito de que todas as religiões fazem parte do divino. Pontuou a necessidade do limite com as crianças e de passar para elas os ensinamentos necessários à vida, principalmente sobre o respeito com o próximo e às diferenças.

A solenidade contou com apresentação musical de Amanda Toyoda e João Paulo Peixoto. As vereadoras Maria Gorete Toledo (DEM) e Vera Saba (PMB) foram representadas por assessores.