Comércio varejista da RMVale deve crescer quase 4% em dezembro

A pandemia do novo coronavírus segue impondo desafios para o comércio e para a sociedade como um todo. Apesar disso, a receita bruta real do comércio varejista da RMVale e Litoral Norte deve ter um avanço de 3,9% agora em dezembro, se comparado ao mesmo mês de 2019.

As informações são do Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região), com base na Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista, da FecomercioSP. Segundo o departamento econômico do Sincovat, o faturamento do varejo na RMVale em dezembro deverá ser de cerca de R$ 3,967 bilhões.

A entidade projetou um aumento de 2,5% nas vendas de Natal deste ano. Porém, tal evolução esperada se dá pela estimativa de crescimento de 12% do total de vendas das atividades consideradas essenciais, isto é, farmácias e perfumarias, supermercados e materiais de construção.

Por outro lado, existe uma projeção de perda em 16,2% das vendas das atividades não essenciais, e com horário mais restrito de atendimento presencial, como lojas de eletrodomésticos, eletrônicos, autopeças, concessionárias de veículos, móveis e vestuário e calçados.

Com relação ao faturamento do comércio da região no ano de 2020, os indicadores mostram um saldo negativo de 0,5% com relação a 2019. A soma dos desempenhos das atividades essenciais, e não restritas, deverá crescer 5,5%, mas o total dos grupos não essenciais e com restrições apresentam uma queda significativa de 18,1%.

O melhor desempenho percentual em 2020 será do comércio varejista de móveis e decoração (33,9%) e o pior dos estabelecimentos de vestuário, tecido e calçados (-29,2%).

É importante ponderar que o setor de móveis é um segmento de menores dimensões, portanto as oscilações percentuais ficam mais visíveis. Já os supermercados locais, que respondem por 37,3% do total do setor varejista, deverão possuir avanço de 15,1% em relação a 2019.

"Nossa projeção para o Natal foi de um crescimento em torno de 2,5%. Um acréscimo tímido, mas importante em um ano tão atípico como foi 2020. Com esse novo estudo, acreditamos que o desempenho do varejo pode ser ainda melhor e algumas atividades podem recuperar um pouco suas perdas, como o setor de vestuário e calçados, por exemplo”, explica o presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomercioSP, Dan Guinsburg.