Situação de prédios da Unitau é exposta na Câmara de Taubaté

A Câmara de Taubaté ouviu o pró-reitor de administração da Universidade de Taubaté, Renato Rocha, na última quarta-feira, 13. Ele foi convocado a prestar esclarecimentos sobre a falta de manutenção dos prédios da Comunicação Social, Informática, do antigo Pão de Açúcar e do campus de Medicina localizado em Caraguatatuba (SP). 

A iniciativa da convocação foi do vereador Douglas Carbonne (Republicanos), autor do requerimento.

“É uma administração desastrosa. Estão fechando os campus de Taubaté e negociando para levar a Universidade para fora. Não sou contra a expansão da Universidade, sou contra a forma como estão fazendo, abandonando os prédios da cidade e investindo fora”, disse.

Carbonne relatou que os comerciantes e moradores do entorno do prédio na praça Monsenhor Silva Barros, onde funcionava uma unidade do supermercado Pão de Açúcar, reclamam da ocupação do espaço por moradores em situação de rua e usuários de drogas, o que tem aumentado a criminalidade na região. Eles lamentam ainda a depredação do patrimônio público. “O Pão de Açúcar saiu porque aumentaram o aluguel, ficou insustentável pagar o aluguel”, disse o vereador, acrescentando que a Universidade estava cobrando valor acima da avaliação dos corretores imobiliários.

Ainda segundo Carbonne, a Câmara aprovou leis que obrigam a Unitau a investir parte do valor arrecadado no programa de recuperação de créditos na melhoria de seus prédios. Além disso, ele pontuou que a autarquia de ensino recebe recursos públicos por meio do Sistema Municipal de Bolsas de Estudo (Simube) e afirmou que teve acesso negado ao campus de Caraguá.

O vereador exibiu fotos do estado de abandono dos prédios e mostrou a destruição do hidrômetro e lixo jogado no imóvel da praça Monsenhor Silva Barros; antigo prédio da Informática abandonado, sem vasos no banheiro, com o telhado caído e a fiação elétrica furtada; o prédio da Quadra D, imóvel tombado como patrimônio na praça da CTI, com uma árvore crescendo dentro da antiga casa de máquinas. 

O pró-reitor Renato Rocha afirmou que “nenhum prédio está abandonado, todos passam por manutenção periódica e limpeza e têm segurança 24 horas”. Para ele, o problema não foi a saída do Pão de Açúcar, mas sim a situação que foi criada a partir do momento em que a Prefeitura decretou que o imóvel seria usado como sede do Poder Executivo, o que afugentou possíveis compradores. 

“Os prédios estão desocupados, mas não abandonados. Foi criada uma lei para a venda desses imóveis, e com a venda a Unitau vai investir em pesquisa, ensino e extensão, principalmente aqui no campus Bom Conselho, para trazer a Odonto e dar melhores condições de laboratórios e salas de aula”, disse Renato.

Ele defendeu ainda a venda dos imóveis desocupados para obtenção de recursos que serão usados em investimentos, tais como a instalação de ar-condicionado, melhorias na acessibilidade e manutenção de outras unidades.

“A receita gerada com a venda dos imóveis permitirá a expansão planejada e a construção de novos blocos”, afirmou.

Participaram da audiência os vereadores Adriano Coletor Tigrão e Elisa Representa Taubaté, do Cidadania, Alberto Barreto (PRTB), Jessé Silva (PL), Marcelo Macedo (MDB), Neneca Luiz Henrique e Serginho, do PDT, e Rodson Lima Bobi (PSDB).