Obra de creche em Taubaté sofre terceiro atraso

A construção da creche no bairro da Estiva, em Taubaté, enfrenta mais um atraso, desta vez de dois meses. Inicialmente prevista para ser concluída em março de 2023, a obra começou em maio de 2023 e deveria durar 10 meses. No entanto, o prazo já foi prorrogado três vezes: primeiro para 7 de junho, depois para 6 de julho, e agora para 4 de setembro.

O custo inicial da obra era de R$ 3,274 milhões, dos quais R$ 3,074 milhões seriam financiados pelo governo estadual, com a Prefeitura arcando com o restante. Contudo, com a primeira prorrogação em março, o valor foi reajustado para R$ 3,854 milhões. A creche terá seis salas de aula, projetadas para atender até 150 crianças.

Em resposta às perguntas sobre o novo atraso, a Prefeitura informou nesta terça-feira, 16 de julho, que houve problemas na confecção de portas, janelas e portões, justificando assim a necessidade de mais uma prorrogação de contrato. Esta foi a mesma justificativa dada para o adiamento anterior, em junho. De acordo com a Secretaria de Educação, a obra está atualmente com 80% de execução.

Sobre o aumento de R$ 580 mil no custo do contrato, a Secretaria afirmou que o aditamento foi necessário porque as planilhas orçamentárias datam de 2014, ano em que foi firmado o convênio entre o município e o estado.

Promessas não cumpridas

Durante a campanha eleitoral de 2020, o prefeito José Saud prometeu "zerar a fila de espera das creches, abrindo novas salas e fazendo parcerias". No entanto, até o momento, 657 crianças ainda aguardam por uma vaga.

Em novembro de 2021, a Secretaria de Educação anunciou um chamamento público para contratar vagas em creches particulares, mas em agosto de 2023, a pasta admitiu que a proposta não seria viável devido à localização da demanda reprimida.

Até agora, a única creche inaugurada na gestão Saud foi a do Bardan, em junho de 2021, com capacidade para 150 crianças. Esta obra, no entanto, começou ainda em abril de 2018, durante a administração do ex-prefeito Ortiz Junior.

O governo Saud alega que, para reduzir a fila de espera, está adotando medidas como "busca ativa para verificar abandono ou desistência de vagas", "readequações de espaços físicos" e "ampliações" em "prédios escolares de educação infantil"