Sindmetau e Governo Federal buscam reativação da fábrica da LG em Taubaté

O Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região) intensificou os esforços para reativar a fábrica da LG em Taubaté, mobilizando o alto escalão do Governo Federal.

Na última quarta-feira, 04 de setembro, o presidente do sindicato, Claudio Batista (Claudião), e o coordenador jurídico Isaac do Carmo, participaram de reuniões em Brasília com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

O encontro teve como objetivo discutir estratégias para recolocar a unidade da LG em operação. Os representantes do Sindmetau apresentaram um relatório detalhando a luta pela preservação dos empregos e a importância da fábrica para o setor industrial da região. Eles também propuseram soluções para a reativação do espaço.

Durante a reunião, Alckmin se comprometeu a entrar em contato com a direção da LG para explorar possibilidades de reativação da planta ou atrair novas indústrias para o local.

“Queremos que a área volte a gerar empregos e desenvolvimento, seja com novos produtos da LG ou com a instalação de outras indústrias", afirmou Claudião.

O Sindicato destaca que o cenário atual de retomada industrial no Brasil favorece a atração de novos investimentos.

O programa Nova Indústria Brasil, lançado este ano pelo Governo Federal, destina mais de R$ 342 milhões para modernização do setor, criando oportunidades de crescimento. Em julho, o Sindmetau organizou um seminário em Taubaté para apresentar o programa às empresas da região.

Os indicadores econômicos reforçam esse otimismo. O PIB nacional cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024, com destaque para a indústria (1,8%) e investimentos (2,1%). A própria LG anunciou um investimento de R$ 1,5 bilhão no Paraná, o que sugere potencial para novos investimentos em outras regiões.

Histórico da LG em Taubaté

A fábrica da LG em Taubaté operou entre 1997 e 2021, até o encerramento da divisão global de celulares. Em seguida, a empresa transferiu a produção de notebooks e monitores para Manaus, citando a alta carga tributária de São Paulo como principal fator para a mudança.

Apesar da mobilização dos trabalhadores e negociações do Sindmetau, a LG manteve sua decisão, resultando no desligamento de cerca de 700 funcionários. O sindicato negociou um plano de indenizações para os trabalhadores afetados.

Após o fechamento da LG, o setor industrial de Taubaté começou a recuperar os empregos perdidos. Em 2022, a cidade registrou a criação de 254 vagas na indústria, e em 2023, o saldo positivo foi de 929 vagas. Este ano, de janeiro a julho, mais 720 postos de trabalho foram gerados no setor industrial.