Taubaté registra a maior alta anual nos preços da cesta básica no Vale do Paraíba
De acordo com o Nupes, o preço médio da cesta básica em Taubaté teve o maior aumento percentual entre as cidades do Vale do Paraíba nos últimos 12 meses, acumulando alta de 5,38%.
Em 06/01/2025 15:00 por Fernanda Bueno/Redação Guia Taubaté
Segundo dados divulgados pelo Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais (Nupes) da Unitau, na manhã desta segunda-feira, 6 de janeiro, Taubaté registrou a maior alta anual nos preços médios da cesta básica entre as cidades do Vale do Paraíba, com um aumento acumulado de 5,38%.
Em dezembro de 2023, o preço médio da cesta básica na cidade era de R$ 2.677,25, subindo para R$ 2.821,35 em dezembro de 2024, uma diferença de R$ 144,10.
Esse reajuste ficou acima da inflação oficial de 2024, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 4,71%.
Comparativo entre novembro e dezembro de 2024
Em relação ao mês de novembro, Taubaté apresentou a menor variação mensal entre as cidades pesquisadas, com um aumento de 0,85%.
O valor da cesta passou de R$ 2.797,63 em novembro para R$ 2.821,35 em dezembro de 2024.
Itens da cesta básica em destaque
De acordo com o Nupes, os principais "vilões" da cesta básica no Vale do Paraíba em 2024 foram:
- Café, com aumento de 51,44% no acumulado do ano.
- Laranja pera, com alta de 48,63%.
- Acém, que subiu 30,13%.
- Óleo de soja, com incremento de 29,34%.
O Nupes destacou que o aumento expressivo no preço do café foi influenciado pelo clima adverso nos anos anteriores e pela desvalorização do real em 2024, fatores que também impactaram outros produtos.
A alta no preço da laranja pera foi atribuída às secas, às pragas como o "greening" e à falta de chuvas, além dos reflexos do mercado internacional e da desvalorização da moeda brasileira.
Por outro lado, alguns itens registraram queda significativa nos preços:
- Cebola, com redução de 45,30%.
- Tomate, que caiu 25,26%.
- Cenoura, com retração de 22,25%.
- Batata inglesa, com queda de 16,06%.
A queda no preço da cebola foi explicada pelo bom desempenho das grandes regiões produtoras e pelas condições climáticas favoráveis.
No caso do tomate, a redução foi atribuída às melhores condições de produção e a um realinhamento dos preços, após ele ter sido um dos itens com maior alta no ano anterior.