PREÇO MÉDIO DA CESTA BÁSICA Economia

Taubaté registra a maior alta anual nos preços da cesta básica no Vale do Paraíba

De acordo com o Nupes, o preço médio da cesta básica em Taubaté teve o maior aumento percentual entre as cidades do Vale do Paraíba nos últimos 12 meses, acumulando alta de 5,38%.


Em 06/01/2025 15:00 por Fernanda Bueno/Redação Guia Taubaté


Taubaté registra a maior alta anual nos preços da cesta básica no Vale do Paraíba
Na região do Vale do Paraíba, o café foi um dos principais vilões da cesta básica, com um acúmulo de 51,44% no ano de 2024. (FOTO: iStock)

Segundo dados divulgados pelo Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais (Nupes) da Unitau, na manhã desta segunda-feira, 6 de janeiro, Taubaté registrou a maior alta anual nos preços médios da cesta básica entre as cidades do Vale do Paraíba, com um aumento acumulado de 5,38%.

Em dezembro de 2023, o preço médio da cesta básica na cidade era de R$ 2.677,25, subindo para R$ 2.821,35 em dezembro de 2024, uma diferença de R$ 144,10. 

Esse reajuste ficou acima da inflação oficial de 2024, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 4,71%.

Comparativo entre novembro e dezembro de 2024

Em relação ao mês de novembro, Taubaté apresentou a menor variação mensal entre as cidades pesquisadas, com um aumento de 0,85%.

O valor da cesta passou de R$ 2.797,63 em novembro para R$ 2.821,35 em dezembro de 2024.

Itens da cesta básica em destaque

De acordo com o Nupes, os principais "vilões" da cesta básica no Vale do Paraíba em 2024 foram:

  • Café, com aumento de 51,44% no acumulado do ano.
  • Laranja pera, com alta de 48,63%.
  • Acém, que subiu 30,13%.
  • Óleo de soja, com incremento de 29,34%.

O Nupes destacou que o aumento expressivo no preço do café foi influenciado pelo clima adverso nos anos anteriores e pela desvalorização do real em 2024, fatores que também impactaram outros produtos.

A alta no preço da laranja pera foi atribuída às secas, às pragas como o "greening" e à falta de chuvas, além dos reflexos do mercado internacional e da desvalorização da moeda brasileira.

Por outro lado, alguns itens registraram queda significativa nos preços:

  • Cebola, com redução de 45,30%.
  • Tomate, que caiu 25,26%.
  • Cenoura, com retração de 22,25%.
  • Batata inglesa, com queda de 16,06%.

A queda no preço da cebola foi explicada pelo bom desempenho das grandes regiões produtoras e pelas condições climáticas favoráveis. 

No caso do tomate, a redução foi atribuída às melhores condições de produção e a um realinhamento dos preços, após ele ter sido um dos itens com maior alta no ano anterior.

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