
Júri condena homem a 24 anos por matar e concretar mulher em Taubaté
Natália Aline da Silva, de 31 anos, foi assassinada em abril de 2024. Após uma denúncia anônima, a polícia encontrou o corpo dela enterrado no quintal da casa do namorado.
Em 04/06/2025 08:00 por Redação Guia Taubaté

Um homem foi condenado a 24 anos de prisão por matar, enterrar e concretar a companheira no quintal de uma casa, em Taubaté, no interior de São Paulo. A sentença foi definida após a realização de um júri popular nesta terça-feira (3).
O crime aconteceu em abril de 2024, no bairro São Luís, em Taubaté. A vítima é Natália Aline da Silva, de 31 anos. Ela era mãe de três crianças e ficou desaparecida por uma semana até ser encontrada morta na casa do então companheiro.
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, Manoel Aurino Chaves dos Santos foi condenado pelo júri a 23 anos de reclusão em regime fechado, pelo crime de homicídio triplamente qualificado, e pena de um ano e quatro meses pelo crime de ocultação de cadáver. Com isso, a pena total dele é 24 anos e 4 meses de prisão.
O julgamento de Manoel Aurino Chaves dos Santos começou às 9h30 desta terça-feira, no fórum de Taubaté. Foram ouvidos o pai da vítima e dois policiais civis. Além disso, o réu foi interrogado.
Houve espaço para a fala da equipe de defesa e também da acusação. Após os debates, os jurados se reuniram na sala secreta para votar e decidiram que Manoel é culpado pelo feminicídio.
Com isso, o juiz leu a sentença no final da tarde e condenou o homem pelo assassinato e crime de ocultação de cadáver.
O g1 acionou o advogado de Manoel após o júri, mas não obteve retorno. Antes do julgamento, o advogado José Carlos Gomes, que representa o réu, informou ao g1 que Manoel agiu em legítima defesa.
Segundo o advogado de defesa, Manoel "foi atacado pela vítima armada com uma faca. Para tomar a faca, ocorreu um acidente que o réu não deseja, o evento morte. Os fatos ocorreram dentro da casa do réu, onde ele foi ameaçado por morte".
Quem é a vítima
Considerada uma pessoa alegre, Natália Aline da Silva, de 31 anos, era mãe de três crianças e estava desaparecida há uma semana, depois de sair para ver o namorado, segundo a família. Ela foi encontrada morta e enterrada no quintal da casa do companheiro, no dia 25 de abril de 2024.
Segundo Gilmar da Silva, pai de Natália, antes de morrer ela tinha começado a namorar por um mês, após conhecer um homem pela internet. A família estranhou o desaparecimento da mulher, já que ela não costumava ficar sem dar notícias.
"Ela conheceu ele pela internet e começou a frequentar a casa dele, ia num dia, voltava no outro. Ela ia hoje e já voltava amanhã, só que nesse dia, ela foi e não voltou mais. Ela saiu numa sexta-feira e não voltou mais, aí eu já fiquei desconfiado, ela sumiu!", contou o pai na época do crime.
Foi após uma denúncia anônima sobre o assassinato que a Polícia Civil, equipes do Corpo de Bombeiros e peritos criminais foram até o imóvel onde o namorado de Natália morava.
Na casa, eles encontraram uma área com cimento recente no chão, aparentando ter passado por reforma. Após escavar o quintal, os agentes encontraram o corpo da mulher. O corpo já estava em estado avançado de decomposição.
Consta no boletim de ocorrência que Manoel Aurino Chaves dos Santos, de 52 anos, foi preso pela polícia. Ainda segundo o boletim, ele confessou ter matado Natália após uma discussão do casal no dia 19 de abril de 2025.
O homem foi levado para a Delegacia Especializada em Investigações Criminais de Taubaté. Ele foi preso em flagrante.
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