Figuras célebres do Mercadão são homenageadas na Câmara

Para celebrar o dia do Mercado, a Câmara de Taubaté resolveu homenagear duas figuras marcantes do ‘Mercadão Municipal’. Kimiko Matusita Noguti Batista e Geraldo Quirino dos Santos estiveram na Casa na última terça-feira, dia 22, para a solenidade.

Conhecida por sua tradicional pastelaria, dona Kimiko iniciou sua trajetória no Mercadão na década de 1960, ao lado do marido, Cezário Noguti. Casados, ela providenciava, em casa, as massas, os temperos e os recheios para preparar os salgados, enquanto ele era responsável pelo funcionamento do empreendimento.

Mesmo com a chegada dos filhos, ela conseguia tempo para conciliar os compromissos do lar com as atividades da pastelaria e, com o tempo que sobrava, ela costurava – tudo para atender às necessidades da família.

Como os negócios da pastelaria estavam prosperando e o número de clientes aumentando, com muita coragem e determinação o casal decidiu enfrentar mais um desafio: adquirir o ponto onde o comércio permanece até hoje. A pastelaria Noguti é hoje um referencial e mantém 22 colaboradores. Kimiko esteve à frente dos negócios até 2014, quando decidiu se aposentar e passar o comando para a filha Selma, como, aliás, é o que sempre acontece: no Mercado, a banca vai se passando de pai para filho.

“Foi muito sacrificante minha luta, cuidando da casa, da família, dando força à pastelaria... Teve época em que levantávamos à meia-noite para auxiliar na pastelaria, mas hoje sinto saudades daquela época, pois era tudo feito com muito amor à família e aos clientes. Assim, me sinto uma vencedora. Acredito que muitos amigos do Mercado viveram essa mesma história”, agradeceu Kimiko.

Ela está certa. Outra grande história escrita no Mercadão é do senhor Geraldo. Vindo de uma família de produtores rurais de São Luiz do Paraitinga, ele cresceu vendo o sustento dos pais e irmãos vindo do trabalho no campo. Tudo o que produziam era transportado para o Mercado de Taubaté: frangos, ovos, verduras e legumes.

Em 1958, após anos da mesma rotina, Geraldo decidiu se radicar em Taubaté. Com a instalação de sua banca na área externa, ele decidiu ampliar o leque de produtos comercializados, e hoje comercializa cereais, frutas, verduras, legumes, redes, esteiras, chapéus, utensílios domésticos e outros produtos.

Assim como Kimiko e Geraldo, o Mercado evoluiu ao longo dos anos. A história desse gigante começou a ser construída em 1841. A solenidade de inauguração aconteceu no dia 10 de novembro de 1889. As mercadorias ali comercializadas já não vêm mais em lombos de burro, como antigamente.

Com o desenvolvimento da cidade, o Mercadão divide hoje o espaço que define o grande centro comercial taubateano, repleto de histórias de vida de pessoas que dedicaram, com muito sacrifício, parte de suas vidas para abastecer a comunidade.