
Ponto de Equilíbrio lança novo CD em Taubaté
Banda de reggae é atração principal nesta sexta-feira, no Porca Miséria; baixista conta em entrevista sobre as novidades do recente trabalho
Em 14/07/2016 16:50 por Mário Pereira

O bar e lanchonete Porca Miséria recebe nesta sexta-feira, 15 de julho, uma das bandas mais tradicionais do reggae nacional. A Ponto de Equilíbrio volta a se apresentar em Taubaté, dessa vez com o novo disco de inéditas “Essa é a nossa música”.
O grupo formado por Hélio Bentes (vocal), Pedrada (baixo), Márcio Sampaio (Guitarra Base), Tiago Caetano (teclado), Rodrigo Fontenele (Percussão), Marcelo Campos (Percussão) e Lucas Kastrup (Bateria), contou com importantes participações no novo álbum.
Além das referências no reggae, como Alexandre Carlo (Natiruts) e o multi-instrumentalista italiano Alborosie, o novo disco do Ponto conta também com Ivete Sangalo, Emicida, Oriente e Gabriel O Pensador.
Em entrevista ao Guia Taubaté, o baixista Pedrada falou sobre a mudança da característica sonora da banda no recém-lançado disco. “A sonoridade mudou bem com a saída do André, guitarrista de grande pegada que imprimia uma característica forte na música. Além disso optamos por ousar em algumas faixas, variando ritmos além do reggae, como MPB, rap, R&B”, afirmou o músico.
Das 14 canções do novo CD, 13 são inéditas e autorais. Destaque para músicas como “Fio da fé”, que abre o disco, “Chances”, que mantém a pegada raiz da banda carioca, e “Nossa Música”, que conta com a participação de Pensador, e já possui um videoclipe com mais de 1,2 milhão de visualizações no YouTube.
Sempre bem recebida no Vale do Paraíba, a Ponto de Equilíbrio conta também com a reciprocidade da banda. “Gostamos muito da região e dos fãs. É uma região que além de muito bonita, guarda o reggae e a banda em seu coração”, contou Pedrada.
Os fãs da Ponto de Equilíbrio que desejam acompanhar o show no Porca Miséria devem ficar atentos. Os ingressos para o show já estão no terceiro lote e custam R$ 35.
Além da banda carioca, apresentam-se nesta sexta-feira, no bar, o grupo de rap Haikaiss e o DJ Sleep. O Porca Miséria está localizado à Rua Joaquim Távora, nº 80, no Centro. A casa abre a partir das 23h.
Confira abaixo a entrevista completa com o baixista da Ponto de Equilíbrio, Pedrada:
Guia Taubaté: O reggae no Brasil teve seu auge na metade da última década, com vocês, Natiruts, Planta e Raiz, Chimarruts, entre outros. Hoje o gênero perdeu um pouco o espaço para outros ritmos na mídia. Como vocês veem a nova geração do reggae no país e o que esperar para o futuro?
Pedrada: De fato, o ritmo perdeu força na mídia. Porém, está na essência de quem o toca, a resistência. Não sendo necessário este tipo de veículo. Vejo para o futuro bandas cada vez mais conscientes de si, utilizando as novas mídias que também ganharam espaço em relação as tradicionais. Uma coisa é fato, independente da evidência, o Reggae não vai acabar.
GT: A Natiruts lançou recentemente um DVD que reuniu os grandes nomes do reggae nacional, inclusive com o Hélio Bentes. Acreditam que as bandas do gênero estão mais unidas hoje em dia? E qual a importância disso?
Pedrada: Sim, acredito. Uma banda está ajudando a outra. É muito melhor ajudar que atrapalhar ou competir. Isso cria um movimento. "Panelas" sempre irão existir, mas estão diminuindo.
GT: Recentemente vocês lançaram o disco “Essa é a nossa música”. Quais as principais diferenças desse novo trabalho para os antecessores?
Pedrada: A sonoridade mudou bem com a saída do André, guitarrista de grande pegada que imprimia uma característica forte na música. Além disso optamos por ousar em algumas faixas, variando ritmos além do reggae, como MPB, rap, R&B.
GT: O novo álbum conta com participações de Ivete Sangalo, Gabriel O Pensador, Alborosie, Emicida, Oriente e Alexandre Carlo. Como surgiu a ideia de contar com essas vozes no novo projeto?
Pedrada: Veio de um "brainstorming", ouvíamos a canção e pensávamos nas pessoas, não imaginávamos que conseguiríamos todos. Foi acontecendo um a um. Na verdade, ficamos quase dois anos em processo de produção, isso ajudou também.
GT: No novo CD vocês têm a parceria de grandes referências do rap nacional. Há também outros grupos que já repetiram essa união entre o reggae e o rap. Por que essa sintonia tão forte entre os gêneros?
Pedrada: Vem da origem, bebemos na mesma fonte: a música negra, o R&B blues e jazz que começou em meados do século XX nos EUA. Hoje em dia teriam outras também, mas essa é a principal.
GT: Vocês já estão planejando novos trabalhos? Existe a possibilidade de um novo DVD?
Pedrada: Ainda não sabemos dizer ao certo. No momento estamos focados em trabalhar o disco e os videoclipes. Recentemente lançamos o vídeo de “Direitos Iguais”, vale a pena conferir!
GT: No estado de São Paulo, e principalmente em cidades do interior, como Taubaté e Pindamonhangaba, o Ponto de Equilíbrio e o reggae em geral tem um público fiel e identificado. Como vocês veem esse carinho da região com a banda? E o que esperar do show nesta sexta-feira, no Porca Miséria?
Pedrada: Gostamos muito da região e do carinho dos fãs. É uma região que além de muito bonita, guarda o reggae e a banda em seu coração. Quem viu o da última turnê, pode esperar um repertório renovado. Preparamos várias novidades, vai rolar as novas canções mas é claro sem deixar faltar às clássicas e novas versões das antigas.
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