PESQUISA DO NUPES Economia

Carne mais cara faz cesta básica da região apresentar nova alta em dezembro

Segundo o Nupes, reflexo das exportações para a Ásia e aumento do consumo por conta das festas contribuíram para novo encarecimento


Em 10/01/2020 16:35 por redação/ Guia Taubaté


Carne mais cara faz cesta básica da região apresentar nova alta em dezembro
Cesta teve média mais alta em Caçapava, entre as cidades que recebem a pesquisa do Nupes (FOTO: Agência Brasil)

A cesta básica na Região Metropolitana do Vale do Paraíba encerrou o ano com a segunda alta consecutiva no preço médio. Segundo a pesquisa do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais) da Universidade de Taubaté (Unitau), a cesta para uma família padrão de cinco pessoas e renda mensal de até 5 salários mínimos vigentes foi de R$ 1.707,96 – uma alta de 2,95% em relação a cesta de novembro, que teve valor de R$ 1.658,99.

Se em novembro as cidades de Taubaté e Caçapava apresentaram encarecimento maior que a média, em dezembro foi o inverso, com Campos do Jordão e São José dos Campos apresentando altas respectivas de 4,48% e 4,23%.

Apesar da variação menor no mês passado, Caçapava segue sendo a cidade com o maior o custo, totalizado em R$ 1.722,67. Já Campos do Jordão seguiu o caminho inverso: mesmo com a maior variação em dezembro, segue tendo o custo médio de R$ 1.693,70.

O estudo mostra que o aumento no preço da cesta eleva a porcentagem de comprometimento da renda em 34,22%. Segundo a pesquisa, a consequência negativa imediata é a menor disponibilidade de renda para gastos das famílias, como transporte, saúde, educação, lazer, entre outros bens que compõem a cesta de produtos consumidos por elas.

Assim como em novembro, o preço da carne vermelha contribuiu para o encarecimento da cesta no último mês, ainda sob o reflexo da alta das exportações para a Ásia. O aumento do consumo no mercado interno devido as festas de fim de ano também influenciaram no preço do produto. O contrafilé aparece na liderança entre os produtos que ficaram mais caros em dezembro, com 17,81%, seguido do feijão (16,95%) e da banana prata (10,01%).

De acordo com o Nupes, as condições do ambiente econômico que mantém, praticamente, com os mesmos indicadores de desempenho, relacionado ao desemprego e a renda média, quase inalterados, “não deve ser considerado como os únicos responsáveis pelos aumentos de preços, mas a peculiaridade do mês de festividades e a consequente renda a mais vindo do décimo terceiro”. O dinheiro extra de fim de ano impulsiona o consumo e impacta consequentemente no aumento da demanda, favorecendo assim ao aumento de preço da cesta básica.

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