
Militar do Exército suspeito de integrar grupo neonazista é preso em Taubaté
Prisão faz parte de uma operação do Gaeco de Santa Catarina. Segundo as investigações, o grupo participava de encontros neonazistas, mantinha uma banda e utilizava bandeiras com suásticas, além de pregar discursos de ódio.
Em 23/10/2024 11:00 por Redação Guia Taubaté

Um militar do Exército Brasileiro foi preso nesta segunda-feira, 21 de outubro, em Taubaté, durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Santa Catarina. O suspeito, identificado como um "praça temporário", foi detido nas instalações do Comando de Aviação do Exército (Cavex), em Taubaté.
De acordo com o Gaeco, o militar é suspeito de participar de encontros neonazistas, onde eram realizados discursos de ódio e exibidas bandeiras com suásticas. Ele também teria envolvimento com uma banda associada ao movimento, que se apresentava em eventos neonazistas pelo país.
“Embora os crimes atribuídos a ele não estejam diretamente relacionados às suas funções militares, seu conhecimento em táticas de combate e no uso de armas de fogo aumenta o risco associado à sua participação no grupo”, destacou o Gaeco em comunicado.
A operação, chamada “Overload”, foi deflagrada com o objetivo de desarticular um grupo que promovia discursos de ódio, antissemitismo, apologia ao nazismo e planejava atos violentos em diversas regiões do Brasil. Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de prisão preventiva.
Além da detenção em Taubaté, a operação ocorreu em outras cidades, incluindo São Paulo (SP), Curitiba (PR), Cocal do Sul (SC), Jaraguá do Sul (SC), Pomerode (SC), Caxias do Sul (RS) e Aracaju (SE). Entre os presos, está um homem suspeito de envolvimento direto em um homicídio ocorrido em 2011, quando um jovem do movimento punk foi assassinado.
Em nota, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) informou que o militar detido possui a patente de Cabo e que “todas as medidas administrativas cabíveis foram tomadas”.
A nota destaca que o Exército está colaborando integralmente com as autoridades para a elucidação dos fatos. “O militar permanecerá preso à disposição da Justiça nas instalações do Comando de Aviação do Exército, em Taubaté. O Exército Brasileiro não admite condutas ilícitas que afrontem os valores e princípios sustentáculos da profissão militar”, concluiu.
O Gaeco destacou ainda que o grupo investigado se autodenominava como skinheads neonazistas, utilizando como símbolo o Sol Negro — um emblema associado ao ocultismo nazista e à supremacia ariana — com um fuzil AK-47 ao centro.
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