Câmara debate problemas e soluções para prejuízos causados pelas chuvas

O planejamento estratégico para enfrentamento às chuvas foi tema de um debate na quarta-feira, 26, na Câmara de Taubaté. O evento foi sugerido pelos vereadores Douglas Carbonne (SD) e Talita (PSB), por meio do requerimento 516/2025.

As ações desenvolvidas pela concessionária de energia, EDP, pela Secretaria de Meio Ambiente e pela Defesa Civil foram apresentadas no evento.

Segundo Solange Penna, analista comercial para o poder público da EDP, há programas realizados ao longo do ano e mutirões que ocorrem, especialmente, na área rural, muito castigada pelas chuvas. Ela destacou ainda o Plano Verão, que concentra as equipes de trabalho para o atendimento das ocorrências neste período do ano, e contou que em 2024 foram feitas 12.826 podas de árvores.

Pela Defesa Civil, o subtenente Luiz Henrique Ribeiro, gestor de segurança e vigilância, detalhou as ações de prevenção à ocorrência de desastres e de atendimento às emergências. Estas ações incluem a gestão de risco, com foco na prevenção, mitigação e preparação, e a gestão do desastre, direcionada às ações de resposta e recuperação.

Para a vereadora Talita, a cidade não está preparada para enfrentar as chuvas perante as mudanças climáticas.

“Espero que a gestão busque recursos necessários para que a gente tenha ações concretas e eficientes para lidar com essa emergência climática. Estava dizendo, agora há pouco, com o secretário de meio ambiente, que existe um novo PAC [Programa de Aceleração de Crescimento] que tem R$4,8 bilhões para prevenção de desastres e drenagem urbana, que é justamente o que a gente está buscando nesta audiência, e quero uma resposta da Prefeitura se ela já está pleiteando este recurso, porque tem prazo”, disse Talita.

Douglas Carbonne acrescentou que o governo municipal deve buscar recursos independente de sigla partidária.

“A gente tem aí um prefeito que tem uma ideia nova, um secretário de carreira, conhece muito bem as áreas técnicas, achei oportuno a pergunta da vereadora Talita, porque a gente tem insistido com o governo de buscar recursos tanto do Governo do Estado quanto do Governo Federal, não interessa partido político. Para nós, o mais importante é a população, o povo não pode sofrer. Os projetos, independente de quem esteja no governo, precisam continuar”, disse Carbonne.

O secretário de meio ambiente, Gabriel Alcântara, explicou que está em estudo um plano de arborização urbana; afirmou que um plano diretor de meio ambiente custaria algo em torno de R$2 milhões - e não há recursos para isso; e completou com a explicação sobre o plano de macrodrenagem do município, uma análise do que pode ser feito para barrar os prejuízos causados pelas fortes chuvas. 

“Nós temos um diagnóstico inclusive bastante completo, que foi feito pelo Plano de Macrodrenagem, eu acompanhei de perto a elaboração dele, a ideia original é que ele fosse um plano mais voltado à prevenção, pensando no futuro da cidade, os novos loteamentos, as novas ocupações, e a gente percebeu que precisava fazer um plano de mitigação, então a gente trabalhou mais na mitigação do que na prevenção, infelizmente, porque a gente tem uma cidade que construíram e esqueceram da drenagem. A gente sabe quais são esses pontos, para todos eles temos soluções, propostas, isso já está mapeado, temos anteprojetos para todos eles”, disse Gabriel.

Um documento será elaborado pelos vereadores para ser encaminhado aos órgãos envolvidos neste assunto, apresentando os principais pontos da audiência.