LEGISLATIVO Politíca

Políticas públicas para autistas são debatidas na Câmara de Taubaté

Secretário de Saúde destacou o aumento do número de casos de Transtorno do Espectro Autista


Em 30/06/2023 12:40 por redação/ Guia Taubaté


Políticas públicas para autistas são debatidas na Câmara de Taubaté
Capitao Souza, Leiza Lencione, Mario Peloggia, Manoel Sergio, Jsse Silva, Suellen Patareli, Oscar Cesar, Vanessa Silva e Tatiane Castilho (FOTO: João Victor Mercê)

A Câmara de Taubaté sediou audiência na última quinta-feira, dia 29, para debater as políticas públicas relacionadas ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). O debate foi conduzido pelo vereador Jessé Silva (PL), autor do requerimento.

“A gente identifica as falhas, a gente vê coisas assertivas que vêm sendo feitas, isso é importante numa audiência, para que a população possa acompanhar”, afirmou Jessé.

O secretário de Saúde, Mário Peloggia, destacou o aumento do número de casos de TEA e disse que os municípios estão negociando com o Governo do Estado a regionalização da saúde, o que vai permitir que os pacientes sejam atendidos em unidades mais próximas de suas residências. Segundo ele, a Prefeitura tem dificuldade em contratar profissionais como fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, neurologista infantil, psiquiatra infantil, por mais que haja concursos para o preenchimento dessas vagas.

Em Taubaté, há três serviços diretamente ligados ao atendimento das pessoas com autismo: o Centro de Distúrbios de Comunicação (Cedic), o Ambulatório Madre Cecília e a Policlínica Infantil, além do Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Caps-I), que dá apoio às demais estruturas. Além disso, o secretário ressaltou o serviço de equoterapia, que entrou em funcionamento no dia 27.

A diretora de Atenção à Saúde, Leiza Lencione, explicou que o atendimento às pessoas com autismo tem início na Atenção Primária, na consulta com o pediatra, médico generalista ou através da escola, por meio do Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado (Nape). Além disso, ela falou sobre o grupo TEAcolhe, voltado à participação das famílias. No entanto, Leiza reconheceu que é preciso reformular as propostas de atendimento.

Pela Secretaria de Educação, a diretora administrativa Suellen Patareli apresentou alguns números, entre eles, o de 2.499 crianças atendidas pelo Nape, 565 crianças com transtorno do espectro autista, 907 que recebem apoio de inclusão e 24 que são amparadas por intérpretes de libras.

O promotor da Infância e Juventude, Manoel Sérgio da Rocha Monteiro afirmou que debates públicos são proveitosos por proporcionarem a participação da sociedade. Ele acrescentou que é preciso fazer uma “provocação contínua para o aperfeiçoamento das políticas públicas”.

O diretor do Departamento de Medicina, Oscar César Pires, falou sobre a dificuldade para atendimento de pacientes com TEA, que algumas vezes dependem de sedação. Além disso, ele pontuou a falta de profissionais, reforçando o discurso do secretário municipal.

O secretário de Segurança Pública, Capitão Souza, destacou o curso de formação que será oferecido aos agentes para “dar melhor atendimento a essas pessoas que precisam de atenção, carinho e amor”.

Presidente da Associação Mundo Autístico de Taubaté (AMA), Vanessa Silva abordou a situação de vulnerabilidade de grande parte das famílias que têm um autista no seu núcleo. Além disso, ela alertou para o aumento dos casos de depressão.

Participaram os vereadores Adriano Coletor Tigrão e Elisa Representa Taubaté, do Cidadania, Alberto Barreto (PRTB), Diego Fonseca e Rodson Lima Bobi, do PSDB, João Henrique Dentinho (União), Talita Cadeirante (PSB) e Vivi da Rádio (Republicanos).

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