CASO KALUME Plantão

Justiça nega novo pedido de prisão domiciliar para médico condenado em esquema de tráfico de órgãos em Taubaté

Mariano Fiore Júnior, de 76 anos, é um dos três médicos condenados pelo Caso Kalume, ocorrido na década de 1980 em Taubaté.


Em 31/10/2024 15:00 por Redação Guia Taubaté


Justiça nega novo pedido de prisão domiciliar para médico condenado em esquema de tráfico de órgãos em Taubaté
Justiça nega novo pedido de prisão domiciliar para médico condenado em esquema de tráfico de órgãos em Taubaté. Com informações de TV Vanguarda. (FOTO: Reprodução)

A Justiça negou, nesta terça-feira, 29 de outubro, um novo pedido de prisão domiciliar feito por um dos médicos condenados no Caso Kalume, em Taubaté. Mariano Fiore Júnior, de 76 anos, havia solicitado pela segunda vez a possibilidade de cumprir a pena em casa, alegando problemas de saúde. No entanto, a Justiça determinou que o réu deve comprovar que o tratamento de que necessita não é fornecido adequadamente em uma unidade prisional.

Na semana passada, o Tribunal de Justiça de São Paulo já havia negado o primeiro pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa de Mariano Fiore.

Além de Mariano, outros dois médicos foram condenados pelo caso: Rui Noronha Sacramento e Pedro Henrique Masjuan Torrecilhas, que faleceu no dia 20 de outubro.

Prisão imediata

Na última semana, a Justiça determinou a prisão dos três médicos envolvidos no Caso Kalume. O juiz Flavio de Oliveira César, da Vara do Júri - Infância e Juventude de Taubaté, assinou a ordem para a execução imediata das penas privativas de liberdade dos médicos Mariano Fiore Júnior, Rui Noronha Sacramento e Pedro Henrique Masjuan Torrecilhas.

A decisão foi motivada por uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabelece que condenados pelo júri devem cumprir a pena imediatamente, mesmo que ainda possam recorrer a outras instâncias da Justiça. Inicialmente, os três médicos foram condenados pelo Tribunal do Júri a 17 anos e 6 meses de prisão em regime fechado, mas a pena foi reduzida para 15 anos.

O Caso Kalume

Em 1987, em Taubaté, o médico Roosevelt Kalume revelou um suposto esquema de tráfico de órgãos no antigo Hospital Santa Isabel, atualmente Hospital Regional de Taubaté. Então diretor da faculdade de medicina, Kalume procurou o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) para denunciar um programa ilegal de retirada de rins de cadáveres e pacientes vivos, utilizado para doação e transplantes sem seu conhecimento ou autorização.

Os médicos envolvidos no esquema foram Pedro Henrique Masjuan Torrecilhas, Mariano Fiore Júnior e Rui Noronha Sacramento. O caso ganhou repercussão nacional e ficou conhecido como Caso Kalume, em referência ao médico que denunciou o esquema. A investigação resultou na abertura de inquérito policial em 1987 e foi um dos temas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de 2003, que apurou a atuação de organizações criminosas no tráfico de órgãos no Brasil.

Condenação

Após uma investigação de 10 anos, a Polícia Civil de Taubaté responsabilizou quatro médicos pelas mortes de quatro pacientes. O quarto médico envolvido foi Antônio Aurélio de Carvalho Monteiro, que faleceu em maio de 2011, meses antes do julgamento. Em outubro de 2011, o caso foi a júri popular, 25 anos após os acontecimentos, resultando na condenação de três médicos a 17 anos de prisão por homicídio doloso contra quatro pacientes.

Como os condenados não tinham antecedentes criminais, puderam responder ao processo em liberdade. Em 2021, o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação dos médicos, mas reduziu a pena para 15 anos de prisão.

Em 1988, os médicos foram absolvidos das acusações de tráfico de órgãos e eutanásia nos procedimentos administrativos e éticos do Cremesp e, posteriormente, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 1993. O Caso Kalume também foi importante na discussão sobre a criação da atual lei que regula os transplantes de órgãos no Brasil.

Em 1993, Roosevelt Kalume publicou um livro sobre o caso, narrando os fatos com nomes fictícios. A obra, que faz parte do processo contra os médicos, deixou de ser publicada posteriormente.

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